domingo, 28 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
O que diz a comunicação social - Dez08
- 2008 12 23- JN - Barragem Foz Tua:Avaliação de Impacte Ambiental em consulta pública até 18 de Fevereiro
- 2008 12 23- RBA - Consulta Pública para a Barragem do Tua no Natal
- 2008 12 23- JN - Referendo sobre Linha do Tua vai a votos
- 2008 12 17 - JN - Inquérito da barragem com autarcas divididos
- 2008 12 17 - Mensageiro Notícias - Luz verde para referendo
- 2008 12 15 - RTP - Acidentes/Tua: Bloco de Esquerda insiste no apuramento de responsabilidades políticas
- 2008 12 10 - Correio da Manhã - Acidente do Tua não vai a julgamento
- 2008 12 09 - Diário Digital - Tua: Relação rejeita recurso da mulher de uma das vítimas
- 2008 12 09 - RTP - Acidentes/Tua: Bloco de Esquerda vai requerer audição parlamentar de empresas responsáveis pela linha
- 2008 12 05- Terra Quente - Actos de vandalismo têm sido uma constante na estação do metro
- 2008 12 05- JN - Passageiros sem receio de viajar na automotora
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Prevenir é a melhor solução
Foi com satisfação que constatei a existência de grandes obras de manutenção e melhoramento da Linha do Tua no troço entre Frechas e Mirandela, em Julho passado. Depois disso, aconteceu mais um acidente, perto da Brunheda e eu passei a olhar para a via com outros olhos.
Sempre que os autarcas e os políticos se referem ao troço Cachão-Mirandela, concessionado à Metro de Mirandela, fazem-no conscientes da segurança que a via oferece, fruto de todo o capital investido, nomeadamente com substituição das travessas mais deterioradas, colocação de balastro, melhoramento de taludes e do sistema de escoamento.
A leitura do relatório (e dos anexos) do acidente do dia 22 de Agosto onde constam as conclusões a que chegaram os diferentes técnicos, revela deficiências que podem estar na base, não só do último acidente, mas de alguns dos outros que ficaram por explicar. São apontados problemas, alguns na via, que me têm provocado algumas preocupações.
Nos dias 15 e 22 de Novembro fiz, a pé, o percurso entre o Cachão e Mirandela. A par das belezas da paisagem que fui registando (e que já mostrei), também tomei alguma atenção à linha, e, mesmo com os meus limitados conhecimentos sobre o assunto, encontrei indícios evidentes de que há muito para corrigir.
Não me parece correcto que um troço de linha que sofreu obras profundas há apenas dois meses atrás, apresente travessas completamente degradadas, parafusos ferrugentos e até soltos! Parece brincadeira que tenham colocados alguns parafusos completamente tomados pela ferrugem, mais velhos do que aqueles que lá estavam e que os mesmos tenham sido cravados à marretada em vez de aparafusados.
Os carris já não são novos e foram virados há alguns anos atrás. Nalguns lugares apresentam sinais da idade (apesar deste troço ser o mais plano e com curvas menos acentuada de toda a extensão da linha). São visíveis marcas de travagens ou patinagem das rodas que desgastaram o carril num determinado ponto. Não percebo nada de soldadura aluminotérmica, mas nalguns pontos a via apresenta “joelhos” que podem torna-la perigosa. Também são visíveis pontos que evidenciam um deficiente contacto entre o rodado e a via, com deslocação do ponto de contacto ou mesmo com contacto aos solavancos, o que pode significar que a locomotiva passa naquele ponto aos “saltos”.Também as uniões dos carris mostram algumas lacunas. Nestes pontos a colocação das travessas e dos parafusos que fixam os carris, deviam ser objecto de um especial cuidado, coisa que não é notório. As travessas junto da união deveriam estar mais próximas do que o normal ao longo da via. Apesar de estarmos em Novembro, com temperaturas muito baixas, há muitas uniões sem qualquer junta de dilatação! Eu sei que ela varia com a temperatura e com o comprimento do carril, mas não deveria ser de mais de um centímetro nesta época do ano? Há tabelas que relacionam a amplitude térmica do local, com a junta de dilatação necessária, mas este é um exercício que me parece exagerado para quem apenas quer registar as belezas da linha, lutando para que ela possa ser utilizada por pelo menos mais 100 anos.
Mais de que as minhas palavras, as imagens falam por si. Sei que olhos treinados podem “ler” nelas alguns sinais preocupantes. Espero que tudo se faça para tornar a Linha segura, não só até ao Cachão, mas em toda a sua extensão. Que os infelizes acontecimentos a que assistimos no último ano e meio, não se repitam nunca mais.
Sempre que os autarcas e os políticos se referem ao troço Cachão-Mirandela, concessionado à Metro de Mirandela, fazem-no conscientes da segurança que a via oferece, fruto de todo o capital investido, nomeadamente com substituição das travessas mais deterioradas, colocação de balastro, melhoramento de taludes e do sistema de escoamento.
A leitura do relatório (e dos anexos) do acidente do dia 22 de Agosto onde constam as conclusões a que chegaram os diferentes técnicos, revela deficiências que podem estar na base, não só do último acidente, mas de alguns dos outros que ficaram por explicar. São apontados problemas, alguns na via, que me têm provocado algumas preocupações.
Nos dias 15 e 22 de Novembro fiz, a pé, o percurso entre o Cachão e Mirandela. A par das belezas da paisagem que fui registando (e que já mostrei), também tomei alguma atenção à linha, e, mesmo com os meus limitados conhecimentos sobre o assunto, encontrei indícios evidentes de que há muito para corrigir.
Não me parece correcto que um troço de linha que sofreu obras profundas há apenas dois meses atrás, apresente travessas completamente degradadas, parafusos ferrugentos e até soltos! Parece brincadeira que tenham colocados alguns parafusos completamente tomados pela ferrugem, mais velhos do que aqueles que lá estavam e que os mesmos tenham sido cravados à marretada em vez de aparafusados.
Os carris já não são novos e foram virados há alguns anos atrás. Nalguns lugares apresentam sinais da idade (apesar deste troço ser o mais plano e com curvas menos acentuada de toda a extensão da linha). São visíveis marcas de travagens ou patinagem das rodas que desgastaram o carril num determinado ponto. Não percebo nada de soldadura aluminotérmica, mas nalguns pontos a via apresenta “joelhos” que podem torna-la perigosa. Também são visíveis pontos que evidenciam um deficiente contacto entre o rodado e a via, com deslocação do ponto de contacto ou mesmo com contacto aos solavancos, o que pode significar que a locomotiva passa naquele ponto aos “saltos”.Também as uniões dos carris mostram algumas lacunas. Nestes pontos a colocação das travessas e dos parafusos que fixam os carris, deviam ser objecto de um especial cuidado, coisa que não é notório. As travessas junto da união deveriam estar mais próximas do que o normal ao longo da via. Apesar de estarmos em Novembro, com temperaturas muito baixas, há muitas uniões sem qualquer junta de dilatação! Eu sei que ela varia com a temperatura e com o comprimento do carril, mas não deveria ser de mais de um centímetro nesta época do ano? Há tabelas que relacionam a amplitude térmica do local, com a junta de dilatação necessária, mas este é um exercício que me parece exagerado para quem apenas quer registar as belezas da linha, lutando para que ela possa ser utilizada por pelo menos mais 100 anos.
Mais de que as minhas palavras, as imagens falam por si. Sei que olhos treinados podem “ler” nelas alguns sinais preocupantes. Espero que tudo se faça para tornar a Linha segura, não só até ao Cachão, mas em toda a sua extensão. Que os infelizes acontecimentos a que assistimos no último ano e meio, não se repitam nunca mais.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Amigos usam arte pelo Tua
Usar a arte para salvar o rio. É isto que se propõe fazer um Núcleo de Amigos do Tua. Este organismo foi constituído esta sexta-feira em Mirandela. Tem o objectivo de dinamizar diversas manifestações culturais e artísticas para se opor à construção da barragem, defendendo, por outro lado, a manutenção da linha do Tua.
O movimento surge associado à COAGRET – Portugal, a Coordenadora de Afectados pelas Grandes Barragens e Transvazes. Pedro Couteiro, um dos promotores do Núcleo de Amigos do Rio Tua revela que este movimento vai promover exposições de fotografia e pintura e concursos de arte. Tem ainda o objectivo de recuperar um edifício junto ao Tua para a transformar numa residência de artistas. Uma forma de se poderem inspirar nas paisagens do Tua.
Fonte: RBA
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Será miragem?
A beleza agreste das paisagens que se avistam numa viagem pela Linha do Tua, surpreende-nos a cada curva. Consoante a estação do ano, cega-nos o colorido das flores silvestres, os tons quentes da folhas do Outono, as neblinas do Inverno ou as crianças que se banham nos açudes do rio nas tardes de Verão. Estes quadros desfilam perante os nossos olhos hipnotizando-nos com perfumes qual abelhas rendidas num jardim em flor.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
O Outono na Linha do Tua
Em Frechas, perto da Ponte da Carvalha, captei o Outono nas folhas de um plátano com o Faro e o Cabeço à distância, despedindo-se da luz do dia. O anoitecer na linha também tem o seu encanto!
Horários do Metro de Mirandela entre Mirandela e Carvalhais
Horário do Metro Cachão-Mirandela
Horários dos taxis
Horários dos táxis Mirandela-Foz Tua e Foz Tua-Mirandela, em vigor desde o dia 26 de Agosto de 2008.
Novos horários aqui
Novos horários aqui
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Percurso Cachão - Latadas
No dia 22 voltei à Linha. Fiquei tão fascinado com o percurso que fiz no dia 15 que passei a semana toda a pensar em regressar. O Outono é cheio de contrastes, verifiquei isso mesmo mal cheguei ao Cachão. A vegetação que ladeia o rio já não tinha a mesma coloração da semana anterior. Os choupos perderam todas as folhas, apresentam-se despidos, esperando as geadas do Inverno. Os plátanos e algumas outras árvores de folha caduca apresentam ainda folhas outonais, mas já sem a variedades de tons que gostaria de encontrar. As vinhas em volta de Frechas também já estão despidas, tal como os diospireiros que apenas suportam os tão curioso frutos alaranjados e ácidos.
Cheguei depois de almoço, e tomei um café no Cachão. O sábado estava com um sol desllumbrante mas o ar estava fresco. O percurso que pretendia fazer era curto: Cachão - Latadas, de onde tinha partido a pé na semana anterior. Como não podia contar com a automotora, tinha que contar em fazer o percurso inverso ou à boleia ou a pé.
À saída do Cachão foi onde fiz as melhores fotografias de papoilas na Primavera, mas no Outono esta zona não tem a mesma beleza. Só pelo quilómetro 43º, quando a linha se aproxima mais do rio, me comecei a entusiasmar. Aqui voltei a encontrar aves de rapina e bastantes corvos marinhos.
Pouco depois ouvi o som característico da automotora a aproximar-se! Não conheço os horários mas gostei de sentir vida na linha. Procurei uma posição em segurança e esperei que ela passasse.
A tranquilidade era grande e passei a estação de Frechas sem ver uma única pessoa. Desta vez decidi que desceria ao leito da Ribeira da Carvalha para fotografar a ponte. É impressionante como a ribeira que costuma ter um caudal considerável (lembra-me de aí ter visto muitos peixes) não tem gota de água. A seca que se tem feito sentir nos últimos anos, manifesta-se agora como nunca!
Passei o Túnel de Frechas e encontrei um marmeleiro com marmelos mesmo perto da linha. "Massacrei" um marmelo com o meu flash.
Segue-se depois um zona onde a linha não tem praticamente curvas até chegar ao antigo apeadeiro de Latadas. Aqui foram feitas obras de beneficiação da estrutura de suporte da linha. Infelizmente nem esta zona que foi intervencionada recentemente foge aos problemas que são reportados ao restante da linha, mas deste aspecto falarei noutra altura.
Quando cheguei ao local de destino eram 16 horas. Restava-me muito pouco tempo para fazer o caminho inverso. Arrisquei ir para a estrada tentar uma boleia. Os carros de grande cilindrada passavam a alta velocidade e certamente não gostariam das minhas botas sujas nos seus tapetes. Estabeleci como limite pedir boleia a 12 carros, acho que cheguei aos 15, depois desisti. Regressei à linha e comecei o caminho de regresso ao Cachão.
O sol já bastante baixo, dava um colorido especial às folhas dos olmos na borda do caminho. Mesmo assim, não tive pressa. A noite foi caindo e vi-me com um desafio original, fotografar a linha de noite. À medida que ia experimentando o flash e subindo a sensibilidade ao máximo fui-me entusiasmando tentando tirar o máximo partido do colorido das nuvens ao entardecer. Uma das minhas preocupações era a passagem já de noite, em vários locais onde há cães, mas felizmente correu tudo bem.
Os últimos quilómetros até ao Cachão foram feitos já com noite cerrada. Quem em ao longe visse os disparos do flash na noite escura julgaria que por ali andava algum visitante do espaço!
sábado, 22 de novembro de 2008
Vilarinho - Latadas - Mirandela
No dia 15 de Novembro fiz mais uma caminhada ao longo da Linha do Tua. Esperava encontrar bonitas cores de Outono, mas ao descer para o Cachão, apenas via nevoeiro à minha frente. Tinha planeado explorar a linha do Cachão a Mirandela e, por isso, saí muito cedo de casa. Em alternativa, já no Cachão, optei por cortar à esquerda em direcção a Vilarinho das Azenhas.
O nevoeiro chegava mesmo junto à aldeia. Estacionei o carro junto à ponte sobre o Tua onde havia um bom grupo de pescadores a tentarem a sua sorte. Apesar de se ver o sol, de vez em quando, a tentar chagar ao rio, a manhã foi passando sem que ele ganhasse a luta contra o nevoeiro.
Comecei a caminhar pela linha em direcção ao Cachão. Havia alguns espaços onde não havia nevoeiro. Só depois das onze horas da manhã o sol brilhou definitivamente. Voltei à ponte, entrei o carro e arranquei à procura de um bom local para fotografar.
A visão do rio da estrada era magnífica e fiz várias paragens antes de parar definitivamente no antigo apeadeiro de Latadas.
Passava do meio-dia quando comecei a minha caminhada em direcção a Mirandela. Limitado a poucas horas de sol decidi reduzir ao mínimo a etapa. Logo nos primeiros metros não resisti ir ao meio do rio, num açude, fazer uma bonita panorâmica.
A vegetação que ladeia o rio tinha bonitas cores do verde ao vermelho, passando por vários tons de amarelo e laranja. Esta zona do rio está repleta de corvos marinhos e encontrei também algumas garças.
Gastava de encontrar a Quinta do Choupim como a vi na Primavera, cravada de papoilas, mas o cenário era um pouco menos entusiasmante. Pouco antes de chegar a Mirandela o colorido é dado pelas folhas das fruteiras. Há muitos pessegueiros, marmeleiros, videiras e pereiras. É pena que a ETAR espalhe pelo ar um perfume muito pouco agradável. Também a água que dela sai em direcção ao Rio Tua não se pode dizer que tenha um aspecto muito cristalino.
Pouco depois das quinze horas estava a chegar à estação de Mirandela. A automotora já tinha partido para o Cachão e não me restava outra alternativa senão fazer o regresso ao ponto de partida de novo a pé. Por isso não me demorei muito a admirar o espelho de água em Mirandela.
O sol foi descendo no horizonte semeando a sombras no rio.
Quando cheguei ao apeadeiro de Latadas apenas beijava o ponto mais alto das árvores. O rio e a linha mergulharam nas sombras.
O nevoeiro chegava mesmo junto à aldeia. Estacionei o carro junto à ponte sobre o Tua onde havia um bom grupo de pescadores a tentarem a sua sorte. Apesar de se ver o sol, de vez em quando, a tentar chagar ao rio, a manhã foi passando sem que ele ganhasse a luta contra o nevoeiro.
Comecei a caminhar pela linha em direcção ao Cachão. Havia alguns espaços onde não havia nevoeiro. Só depois das onze horas da manhã o sol brilhou definitivamente. Voltei à ponte, entrei o carro e arranquei à procura de um bom local para fotografar.
A visão do rio da estrada era magnífica e fiz várias paragens antes de parar definitivamente no antigo apeadeiro de Latadas.
Passava do meio-dia quando comecei a minha caminhada em direcção a Mirandela. Limitado a poucas horas de sol decidi reduzir ao mínimo a etapa. Logo nos primeiros metros não resisti ir ao meio do rio, num açude, fazer uma bonita panorâmica.
A vegetação que ladeia o rio tinha bonitas cores do verde ao vermelho, passando por vários tons de amarelo e laranja. Esta zona do rio está repleta de corvos marinhos e encontrei também algumas garças.
Gastava de encontrar a Quinta do Choupim como a vi na Primavera, cravada de papoilas, mas o cenário era um pouco menos entusiasmante. Pouco antes de chegar a Mirandela o colorido é dado pelas folhas das fruteiras. Há muitos pessegueiros, marmeleiros, videiras e pereiras. É pena que a ETAR espalhe pelo ar um perfume muito pouco agradável. Também a água que dela sai em direcção ao Rio Tua não se pode dizer que tenha um aspecto muito cristalino.
Pouco depois das quinze horas estava a chegar à estação de Mirandela. A automotora já tinha partido para o Cachão e não me restava outra alternativa senão fazer o regresso ao ponto de partida de novo a pé. Por isso não me demorei muito a admirar o espelho de água em Mirandela.
O sol foi descendo no horizonte semeando a sombras no rio.
Quando cheguei ao apeadeiro de Latadas apenas beijava o ponto mais alto das árvores. O rio e a linha mergulharam nas sombras.
O que diz a comunicação social - Nov08
- 2008 11 25- Jornal Nordeste - Castanheiro: Perfeita sintonia com o Tua
- 2008 11 21 - Semanário Trasmontano - Verdes pedem reactivação da estação de Mirandela
- 2008 11 19 - Lusa - Acidentes/Tua: Mulher de vítima tenta, dois anos depois do primeiro acidente, levar responsáveis a tribunal
- 2008 11 18- Jornal Terra Quente - Metro continua a ser o meio transporte eleito dos habitantes dos arredores de Mirandela
- 2008 11 18 - Público - Família de vítima de acidente na Linha do Tua quer responsáveis da Refer em tribunal (edição em papel)
- 2008 11 15- Lusa - Linha do Tua: Silvano quer 50 ME para desenvolver estratégia capaz de fazer cair a barragem
- 2008 11 14- RR - Linha do Tua - Governo garante que a culpa não morrerá solteira
- 2008 11 14- RR - Circulação condicionada, pelo menos, até Março de 2009
- 2008 11 14- Rádio Ansiães - Mário Lino ouvido hoje no Parlamento sobre acidente na linha do Tua
- 2008 11 14- Lusa - Acidente/Tua: Secretária Estado dos Transportes admite falha humana na detecção dos erros da linha
- 2008 11 14- RBA - Linha do Tua em debate
- 2008 11 14- JN - Mário Lino vai ao Parlamento explicar acidente no Tua
- 2008 11 13- JN - Empresa acusada de furto de carris da linha do Tua
- 2008 11 13- Diário de Trás-os-Montes - Troço entre Pocinho e Barca d'Alva - Revitalização da linha do Douro hoje em debate
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
As teias da linha
Delicadas teias que envolvem a Linha do Tua. Estas que vemos na fotografia são delicadas, brilham com a luz da manhã.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
Captando o Outono, na Linha do Tua
Hoje (15/11) fui captar as cores do Outono na Linha do Tua. Tinha previsto fazer a pé o percurso desde o Cachão a Mirandela, o nevoeiro só perto do meio-dia é que deixou ver a linha e o rio com clareza. Acabei por fazer o percurso entre Vilarinho das Azenhas e Mirandela, parte de carro, parte a pé. Tirei mais de 800 fotografias e esgotei a bateria das duas câmaras digitais que trazia. Tenho uma mão cheia de paisagens lindíssimas que irei mostrar à medida da disponibilidade de tempo para as acompanhar com algumas linhas de texto.
A fotografia de hoje foi tirada da estrada que liga o Cachão a Vilarinho das Azenhas, a poucas dezenas de metros do Cachão.
A fotografia de hoje foi tirada da estrada que liga o Cachão a Vilarinho das Azenhas, a poucas dezenas de metros do Cachão.
sábado, 15 de novembro de 2008
Linha abre em Março de 2009
"...in JN
Ana Paula Vitorino disse ainda que a linha do Tua se vai manter encerrada até Março de 2009, porque o plano de intervenção na linha do Tua foi entregue quinta-feira no Ministério pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) e as obras só estarão concluídas nessa ocasião.
A secretária de Estado escusou-se a quantificar o montante do investimento do plano, alegando que só é possível saber o total "quando as obras estiverem terminadas".
Entre as alterações a realizar na linha do Tua contam-se a substituição da automotora, trabalhos de consolidação do carril, intervenções no material circulante, um levantamento geotérmico do local e a colocação de um sistema de monitorização e detecção da queda de objectos na linha.
Dos 54 quilómetros que compõem a linha do Tua, catorze - do quilómetro 40 ao 54 - já foram totalmente intervencionados, acrescentou.
..."
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Debate Sobre a Linha do Tua
Decorridos dois meses sobre o trágico acidente ferroviário na Linha do Tua, e tendo em consideração as conclusões entretanto divulgadas sobre o inquérito mandado efectuar pelo Senhor Ministro das Obras Públicas, é, não apenas oportuno, mas também devido, realizar um amplo debate sobre este assunto que tanto tem interessado não apenas os Transmontanos mas também os Portugueses em geral, procurando assim dar um contributo cívico para a decisão final sobre a manutenção ou encerramento da Linha.
Para o efeito, a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Mirandela vão organizar um debate sobre essa temática inserido no tema “Nove Meses de Inverno e Três de Inferno”, que será moderado pelo Dr. Carlos Magno e terá lugar no próximo dia 15 de Novembro de 2008, às 15h00, no Auditório Municipal de Mirandela.
Fonte: Sítio web da CM Mirandela
Para o efeito, a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Mirandela vão organizar um debate sobre essa temática inserido no tema “Nove Meses de Inverno e Três de Inferno”, que será moderado pelo Dr. Carlos Magno e terá lugar no próximo dia 15 de Novembro de 2008, às 15h00, no Auditório Municipal de Mirandela.
Fonte: Sítio web da CM Mirandela
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Rio Tua e Tinhela
Esta é a paisagem que se pode observar entre o apeadeiro do Tralhão e a estação da Brunheda. Foi a zona onde ocorreu o acidente de Agosto passado.
Na fotografia do canto inferior esquerdo vemos o local onde o Rio Tinhela encontra o Tua. Um pouco mais acima estão as Caldas de Carlão, resultantes de um conjunto de falhas. Este conjunto de falhas dão origem a várias fontes, cada uma delas com nomes curiosos, como por exemplo a Nascente dos Olhos ou a Nascente do Estômago. A água sai da terra de diferentes profundidades e a temperatura variável conforme a fonte (entre 20 e 29 ºC).
É um lugar que merece uma visita, quer pela beleza da paisagem, quer pela qualidade da água para banhos (Bicarbonatada Sódica Sulfúrea).
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Reflexos do Tua
Tenho estado à espera que o Outono se torne bem visível ao longo do vale do Tua para fazer mais alguns passeios pedestres ao longo da linha. No dia 23 de Outubro tive disponibilidade de ir verificar como realmente estão as coisas.
Cheguei à estação de Abreiro exactamente às 15 horas. Apesar de ser relativamente cedo, o sol tocava já o alto dos montes, mergulhando a linha nas sombras. Vai ser mais complicado percorrer a Linha do Tua durante o Outono e Inverno - Pensei eu. Mesmo assim, decidi fazer um curto passeio até à ponte da Cabreira.
A linha, sem movimento, pareceu-me moribunda, já com os carris cheios de ferrugem. Concentrei a minha atenção no rio, procurando fotografar os reflexos dourados com que, pouco a pouco, o vale se ia cobrindo.
Apesar do frio, muito frio, há ao longo da linha condições climáticas privilegiadas e encontrei algumas plantas em flor. Também o espinheiro deu uma amostra de cor, com os seus frutos bem vermelhos.
Encontrei vários Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo). Apesar de não serem muito frequentes em bando, já os avistei várias vezes no Rio Tua, no Rio Sabor e vi um grande bando na barragem de Fontelonga, em Carrazeda de Ansiães.
A garça real (Ardea cinérea) também é uma presença habitual nestas paragens.
Quando cheguei à ponte da Cabreira já pouca luz havia para tirar fotografias, mas ainda era relativamente cedo, quatro da tarde. Decidi andar mais um pouco até ao apeadeiro de Codeçais. Entreti-me a fotografar os reflexos no rio, pareciam pinturas a aguarelas!
No apeadeiro, desci ao rio junto da açude que alimentava uma azenha. Um melro d’água (Cinclus cinclus) lançou um estridente alerta à minha chegada. Esta simpática ave, de peito alvo e dorso escuro, faz-me lembrar uma carriça (em ponto grande). Avancei para o meio do rio, pisando as pedras do açude, a fim de fotografar os últimos raios de sol que douravam a vegetação a jusante. O melro d’água voou perto de mim mostrando que aquele território lhe pertencia. Sentei-me nas rochas saboreando o momento e a agitada ave não se coibiu com a minha presença. Mergulhou uma vez e mais outra na espuma da cachoeira. Olhava-me com vaidade como que dizendo: – Estás a ver do que sou capaz? Nunca tal me tinha acontecido!
Um outro melro passou em voo rasante e uma alvéola-amarela (Motacilla flava) mostrou-se enciumada, posicionando-se também para a fotografia. Infelizmente a luminosidade já era pouca e também não consegui avançar mais para o centro do rio. Fiquei no local durante mais de meia hora. Quando as sombras cobriram todo o vale, só brilhando o cume dos cabeços empreendi, a toda a pressa, a viagem de regresso à estação de Abreiro.
Cheguei à estação às 7 da noite, já as trevas tomavam conta de tudo.
A paisagem da zona que percorri não apresentava ainda as cores de Outono que procurava. As fotografias retratam sobretudo o rio, mas a linha e o rio são indissociáveis, duas janelas para olhar o mesmo vale.
Cheguei à estação de Abreiro exactamente às 15 horas. Apesar de ser relativamente cedo, o sol tocava já o alto dos montes, mergulhando a linha nas sombras. Vai ser mais complicado percorrer a Linha do Tua durante o Outono e Inverno - Pensei eu. Mesmo assim, decidi fazer um curto passeio até à ponte da Cabreira.
A linha, sem movimento, pareceu-me moribunda, já com os carris cheios de ferrugem. Concentrei a minha atenção no rio, procurando fotografar os reflexos dourados com que, pouco a pouco, o vale se ia cobrindo.
Apesar do frio, muito frio, há ao longo da linha condições climáticas privilegiadas e encontrei algumas plantas em flor. Também o espinheiro deu uma amostra de cor, com os seus frutos bem vermelhos.
Encontrei vários Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo). Apesar de não serem muito frequentes em bando, já os avistei várias vezes no Rio Tua, no Rio Sabor e vi um grande bando na barragem de Fontelonga, em Carrazeda de Ansiães.
A garça real (Ardea cinérea) também é uma presença habitual nestas paragens.
Quando cheguei à ponte da Cabreira já pouca luz havia para tirar fotografias, mas ainda era relativamente cedo, quatro da tarde. Decidi andar mais um pouco até ao apeadeiro de Codeçais. Entreti-me a fotografar os reflexos no rio, pareciam pinturas a aguarelas!
No apeadeiro, desci ao rio junto da açude que alimentava uma azenha. Um melro d’água (Cinclus cinclus) lançou um estridente alerta à minha chegada. Esta simpática ave, de peito alvo e dorso escuro, faz-me lembrar uma carriça (em ponto grande). Avancei para o meio do rio, pisando as pedras do açude, a fim de fotografar os últimos raios de sol que douravam a vegetação a jusante. O melro d’água voou perto de mim mostrando que aquele território lhe pertencia. Sentei-me nas rochas saboreando o momento e a agitada ave não se coibiu com a minha presença. Mergulhou uma vez e mais outra na espuma da cachoeira. Olhava-me com vaidade como que dizendo: – Estás a ver do que sou capaz? Nunca tal me tinha acontecido!
Um outro melro passou em voo rasante e uma alvéola-amarela (Motacilla flava) mostrou-se enciumada, posicionando-se também para a fotografia. Infelizmente a luminosidade já era pouca e também não consegui avançar mais para o centro do rio. Fiquei no local durante mais de meia hora. Quando as sombras cobriram todo o vale, só brilhando o cume dos cabeços empreendi, a toda a pressa, a viagem de regresso à estação de Abreiro.
Cheguei à estação às 7 da noite, já as trevas tomavam conta de tudo.
A paisagem da zona que percorri não apresentava ainda as cores de Outono que procurava. As fotografias retratam sobretudo o rio, mas a linha e o rio são indissociáveis, duas janelas para olhar o mesmo vale.
O que diz a comunicação social - Out08
- 2008 10 31 - Semanário Transmontano - Refer promete corrigir defeitos da linha do Tua
- 2008 10 30- Jornal de Notícias - Mário Lino devia fazer como Jorge Coelho
- 2008 10 28 - Jornal de Notícias - Ministério dos Transportes determinou à CP e REFER que façam inquéritos internos
- 2008 10 28 - Jornal de Notícias - Estudos feitos a tempo e horas no Tua "poderiam ter poupado uma vida"
- 2008 10 28 - Diário Digital - Tua: CP escusa-se a comentar relatório final do inquérito
- 2008 10 28 - Correio da Manhã - Tua: Defeitos grosseiros e anomalias
- 2008 10 28 - Jornal de Notícias - CP espera conclusões das orientações do ministério
- 2008 10 28 - Jornal de Notícias - Defeitos grosseiros na via e automotoras desadequadas - relatório final
- 2008 10 28 - Jornal de Notícias - Pedidos relatórios dos acidentes no Tua
- 2008 10 27 - IOL Diário - Tua: Verdes exigem acesso a relatórios finais
- 2008 10 25 - Público - Ministro Mário Lino garante que linha do Tua não será encerrada
- 2008 10 25 - Jornal de Notícias - O estertor da Linha do Tua
- 2008 10 25 - Correio da Manhã - Linha do Tua não encerra
- 2008 10 25 - SIC - Ministro Mário Lino garante que não será encerrada
- 2008 10 25 - Jornal de Notícias - Linha do Tua não será encerrada
- 2008 10 24 - Semanário Trasmontano - Conclusão da Comissão Técnica de Inquérito ainda não é considerada definitiva - Abatimento da linha terá estado na origem do acidente no Tua
- 2008 10 24 - Jornal de Notícias - Linha do Tua: Ministério assume que não vai haver encerramento - presidente metro Mirandela
- 2008 10 24 - Jornal de Notícias - Linha do Tua: Circulação mantém-se interdita para realização de "medidas correctivas" - Ministério
- 2008 10 24 - Diário de Notícias - Vítimas de acidente em 'stress' pós-traumático
- 2008 10 23 - Jornal de Notícias - Líder da Metro recusa inquérito inconclusivo
- 2008 10 23 - Diário de Notícias - Abatimento na linha terá causado acidente no Tua
- 2008 10 22 - Correio da Manhã - Acidente na linha do Tua sem explicação
- 2008 10 22 - Jornal de Notícias - Abatimento da via provocou acidente no Tua
- 2008 10 22 - Jornal de Notícias - Já há conclusões sobre acidentes na Linha do Tua
- 2008 10 22 - Diário Digital - Acidente Tua: Comissão de Inquérito precisa de mais um mês
- 2008 10 19 - Correio da Manhã - Comboios matam mais
- 2008 10 17 - Jornal Terra Quente - Composição do Metro já foi removida do local do acidente
- 2008 10 16 - Jornal de Notícias - Autarca estranha demora na retirada da carruagem
- 2008 10 14 - Radio Ansiães - Automotora acidentada na linha do Tua retirada ontem
- 2008 10 03 - Jornal Terra Quente - Prazo de inquérito ao acidente no Metro adiado por mais 30 dias
- 2008 10 03 - Mensageiro Notícias - Linha do Tua - Deputado independente sugere referendo
- 2008 10 02 - Mensageiro Notícias - Relatório final sobre causas de acidente adiado (Faculdade do Porto só garante relatório em Novembro)
- 2008 10 02 - Esquerda.net - Barragem do Tua adiada por falta de estudos ambientais
- 2008 10 02 - Pravda.ru - Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Barragem do Tua
- 2008 10 01 - JN - Barragem do Tua adiada para 2010
Outras notícias
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Olhar para o futuro
O relatório ao acidente da Linha do Tua ocorrido a 22 de Agosto último atribui as causas do acidente a aspectos que têm a ver com várias entidades. Se a expressão - defeitos grosseiros na via – está a chamar à atenção da comunicação social, não podemos esquecer que são também apontadas como caudas possíveis a desadequação e lacunas na automotora (da EMEF).
Não é apontada como causa do acidente a abertura da vala para instalação dos cabos de fibra óptica, mas pode ter contribuído para o abatimento da linha.
Mais do que apontar o dedo, o relatório deve ser encarado como um documento que pode ser a salvação da Linha do Tua. Chama a atenção para as necessidades da actualização e manutenção da linha bem como para a procura de alternativas no material circulante. Vistas as coisas, e agora que o governo afirmou sem equívocos que a linha é para manter, só há uma alternativa: fazer uma profunda reestruturação da via, ao nível dos carris, travessas (acredito que há algumas com mais de 40 anos) e recuperação de algumas infra-estruturas que foram abandonadas. As pontes e túneis estão em bom estado, mas são necessários mais investimentos ao nível de sustentação de rochas que podem desprender-se para a via. Uma vez que é feita a circulação à vista, este poderá ser um problema a resolver no futuro.
Também ao nível do material circulante é necessário proceder à procura de alternativas. O presidente da Câmara de Mirandela já afirmou não se importar com a supressão das automotoras do metro, desde que o comboio se mantenha na região. Não podemos esquecer que o facto de muitas pessoas irem de pé na automotora, todos voltados para o rio, pode ter contribuído para o acidente.
Não se trata de um momento de “caça às bruxas”, trata-se de um momento crucial para a revitalização da Linha do Tua.
Relatório final (40 MB) em:
http://www.moptc.pt/tempfiles/20081027172256moptc.pdf
Relatório final e todos os anexos em:
http://www.moptc.pt/cs2.asp?idcat=1221#6749
Não é apontada como causa do acidente a abertura da vala para instalação dos cabos de fibra óptica, mas pode ter contribuído para o abatimento da linha.
Mais do que apontar o dedo, o relatório deve ser encarado como um documento que pode ser a salvação da Linha do Tua. Chama a atenção para as necessidades da actualização e manutenção da linha bem como para a procura de alternativas no material circulante. Vistas as coisas, e agora que o governo afirmou sem equívocos que a linha é para manter, só há uma alternativa: fazer uma profunda reestruturação da via, ao nível dos carris, travessas (acredito que há algumas com mais de 40 anos) e recuperação de algumas infra-estruturas que foram abandonadas. As pontes e túneis estão em bom estado, mas são necessários mais investimentos ao nível de sustentação de rochas que podem desprender-se para a via. Uma vez que é feita a circulação à vista, este poderá ser um problema a resolver no futuro.
Também ao nível do material circulante é necessário proceder à procura de alternativas. O presidente da Câmara de Mirandela já afirmou não se importar com a supressão das automotoras do metro, desde que o comboio se mantenha na região. Não podemos esquecer que o facto de muitas pessoas irem de pé na automotora, todos voltados para o rio, pode ter contribuído para o acidente.
Não se trata de um momento de “caça às bruxas”, trata-se de um momento crucial para a revitalização da Linha do Tua.
Relatório final (40 MB) em:
http://www.moptc.pt/tempfiles/20081027172256moptc.pdf
Relatório final e todos os anexos em:
http://www.moptc.pt/cs2.asp?idcat=1221#6749
domingo, 26 de outubro de 2008
Atenção às notícias
Estamos todos atentos às novidades que vão surgindo na comunicação social a respeito da Linha do Tua. Mesmo sem serem públicas as conclusões do relatório entregue ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, já se notam alguns efeitos, resultantes das conclusões, ou não.
Ao contrário da comunicação social, todos os que se têm esforçado pela manutenção da linha, aguardam os desenlaces futuros com muita cautela. As afirmações proferidas pelo ministro das obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, são, contudo, muito positivas: "É uma linha que tem objectivos e que pode ser utilizada em benefício do turismo e das populações, portanto a nossa intenção é continuar com a linha".
Está para já garantido o interesse (de quem?) ao nível do governo na manutenção da linha. Parece-me que não se deve precipitar a sua reabertura.
Há duas questões (até mais) que estão em aberto: a linha necessita de investimentos que a tornem mais segura e de manutenção para manter a segurança; as automotoras LRV-9500 podem não ser adequadas para o serviço (são no mínimo leves; não têm casas de banho; nem toda a gente gosta ou tem idade para viajar em pé).
sábado, 25 de outubro de 2008
Linha do Tua: Ministério assume que não vai haver encerramento
Bragança, 24 Out (Lusa) - O presidente do Metro de Mirandela, José Silvano, expressou hoje satisfação pelo anúncio do Ministério das Obras Públicas e Transportes, considerando que "de uma vez por todas assume que não vai encerrar a Linha do Tua".
O Ministério das Obras Públicas e Transportes, anunciou hoje que a Linha do Tua vai manter-se interdita, ordenou a realização de "medidas correctivas" e a verificação da segurança ferroviária de outras linhas.
"Pela primeira vez, o ministro dos Transportes e a secretária de Estado assumiram que não vão encerrar a Linha", afirmou José Silvano, considerando ainda que "finalmente existem causas objectivas para os acidentes que têm ocorrido nesta linha".
O Metro de Mirandela realizava o transporte na Linha do Tua ao serviço da CP, entre o Cachão e o Tua, quando o troço foi encerrado, a 22 de Agosto, após uma carruagem do metro com 47 pessoas a bordo tombar, causando um morto e dezenas de feridos.
José Silvano adiantou ainda não se importar que as carruagens do metro de Mirandela deixem de realizar o percurso da Linha do Tua, "desde que se mantenha o comboio na região".
O presidente do Metro de Mirandela acredita que será possível reabrir a linha "brevemente", não temendo o arrastar da conclusão dos estudos ordenados pelo Ministério das Obras Públicas, entendendo que será possível implementar algumas das medidas decididas já com o comboio a circular.
HFI/JH.
Lusa/Fim
O Ministério das Obras Públicas e Transportes, anunciou hoje que a Linha do Tua vai manter-se interdita, ordenou a realização de "medidas correctivas" e a verificação da segurança ferroviária de outras linhas.
"Pela primeira vez, o ministro dos Transportes e a secretária de Estado assumiram que não vão encerrar a Linha", afirmou José Silvano, considerando ainda que "finalmente existem causas objectivas para os acidentes que têm ocorrido nesta linha".
O Metro de Mirandela realizava o transporte na Linha do Tua ao serviço da CP, entre o Cachão e o Tua, quando o troço foi encerrado, a 22 de Agosto, após uma carruagem do metro com 47 pessoas a bordo tombar, causando um morto e dezenas de feridos.
José Silvano adiantou ainda não se importar que as carruagens do metro de Mirandela deixem de realizar o percurso da Linha do Tua, "desde que se mantenha o comboio na região".
O presidente do Metro de Mirandela acredita que será possível reabrir a linha "brevemente", não temendo o arrastar da conclusão dos estudos ordenados pelo Ministério das Obras Públicas, entendendo que será possível implementar algumas das medidas decididas já com o comboio a circular.
HFI/JH.
Lusa/Fim
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Olhando o ... rio
Hoje, num passeio ao longo da Linha do Tua, foi o rio que foi alvo principal das minhas atenções fotográficas. Perto de Codeçais, fiz esta fotografia.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Conclusões...
Num momento em que se espera que a verdade venha libertar a Linha do Tua de todos os fantasmas, as notícias não são nada animadoras.
Os jornais falam da complexidade da questão e de algumas notícias sobressai a ideia de que talvez tenha sido um abatimento de terras a causa que despoletou o último acidente, em Agosto passado. Todos os que se preocupam com a linha ansiavam por uma justificação sem margem para dúvidas, por vezes até nos esquecemos do país em que vivemos e como as coisas funcionam por aqui.
A tratar-se de abatimento de terras e dado o período em que ocorreu, pleno Verão, ele só pode ter acontecido pelas obras para colocação dos cabos de fibra óptica. Ao contrário do que se lê em várias notícias, não decorreram dois meses entre as obras e o acidente. Em 18 de Julho passei eu no local. Os tubos estavam ao longo da linha, mas a vala ainda não tinha sido aberta. As máquinas encontravam-se acima da estação da Brunheda, mais ou menos em frente da Sobreira.
Não me surpreende que a linha não estivesse bem apoiada. Alguns quilómetros mais abaixo (próximo do quilómetro 3.º), encontrei eu um local onde vários metros de linha abanavam perigosamente à minha passagem (a pé).
Esta justificação do abatimento da linha, que me parece facilmente provável, não afasta outras causas que também podem ter estado presentes neste e nos acidentes anteriores. A falta de peso da automotora parece-me razão suficiente para fazer com que ela não tenha parado na linha, depois de ter saltado dos carris. Mostrei as fotografias que tirei a várias pessoas que percebem mais de comboios do que eu, que se mostraram surpreendidas como é que a composição não parou, ao fim de poucos metros.
Não podemos esquecer a mãe de todas as causas: o abandono. A falta de vontade dos políticos (e incluo aqui os presidentes das câmaras que todos conhecemos), em manterem esta linha em funcionamento, levou ao seu progressivo abandono tal como têm noticiado vários jornais. Os investimentos que foram feitos não se centraram na linha, suporte de toda a movimentação.
E depois ouvem-se coisas como "porque não se constrói outra linha a contornar a margem da futura barragem?" Haja paciência...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
na linha do Tua
Perto do 16.º quilómetro há uma formação rochosa única na linha. Este paralelepípedo granítico é de enormes dimensões e parece um guardião, vigiando a linha e o rio. Um pouco mais à frente está o apeadeiro de S. Lourenço, que serve a freguesia de Pombal de Ansiães.
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