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No dia 15 de Novembro fiz mais uma caminhada ao longo da
Linha do Tua. Esperava encontrar bonitas cores de Outono, mas ao descer para o
Cachão, apenas via nevoeiro à minha frente. Tinha planeado explorar a linha do
Cachão a
Mirandela e, por isso, saí muito cedo de casa. Em alternativa, já no
Cachão, optei por cortar à esquerda em direcção a
Vilarinho das Azenhas.
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O nevoeiro chegava mesmo junto à aldeia. Estacionei o carro junto à ponte sobre o
Tua onde havia um bom grupo de
pescadores a tentarem a sua sorte. Apesar de se ver o sol, de vez em quando, a tentar chagar ao rio, a manhã foi passando sem que ele ganhasse a luta contra o
nevoeiro.
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Comecei a caminhar
pela linha em direcção ao
Cachão. Havia alguns espaços onde não havia nevoeiro. Só depois das onze horas da manhã o sol
brilhou definitivamente. Voltei à ponte, entrei o carro e arranquei à procura de um bom local para fotografar.
A visão do rio da estrada era magnífica e fiz várias paragens antes de parar definitivamente no antigo apeadeiro de
Latadas.
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Passava do meio-dia quando comecei a minha caminhada em direcção a
Mirandela. Limitado a poucas horas de sol decidi reduzir ao mínimo a etapa. Logo nos primeiros metros não resisti ir ao meio do rio, num açude, fazer uma
bonita panorâmica.
A vegetação que ladeia o rio tinha bonitas cores do verde ao vermelho, passando por vários tons de amarelo e laranja. Esta zona do
rio está repleta de corvos marinhos e encontrei também algumas garças.
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Gastava de encontrar a
Quinta do Choupim como a vi na
Primavera, cravada de papoilas, mas o cenário era um pouco menos entusiasmante. Pouco antes de chegar a Mirandela o colorido é dado pelas folhas das fruteiras. Há muitos pessegueiros, marmeleiros, videiras e pereiras. É pena que a ETAR espalhe pelo ar um perfume muito pouco agradável. Também a água que dela sai em direcção ao Rio Tua não se pode dizer que tenha um aspecto muito cristalino.
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Pouco depois das quinze horas estava a chegar à estação de
Mirandela. A automotora já tinha partido para o
Cachão e não me restava outra alternativa senão fazer o regresso ao ponto de partida de novo a pé. Por isso não me demorei muito a admirar o espelho de água em
Mirandela.
O sol foi descendo no horizonte
semeando a sombras no rio.
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Quando cheguei ao apeadeiro de
Latadas apenas beijava o ponto mais alto das árvores. O rio e a linha mergulharam nas sombras.
1 comentário:
Estou deliciado com as suas fotos!
Parabéns!
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