sábado, 14 de março de 2009

Caminhada Brunheda - Tua (2)


Miguel Pereira realizou com alguns amigos, uma caminhada na Linha do Tua, entre Brunheda e Foz-Tua, em Abril de 2008. Agora que está a planear voltar a percorrer estes bonitos cenários, brinda-nos com algumas fotografias que fez na primeira caminhada.




Obrigado Miguel Pereira.

(Ver outras fotografias desta caminhada)

5 comentários:

J.M.P.O disse...

Já estou tão envergonhado por lhe "roubar" fotos que mandei uma hiperligação do meu estamine para aqui. Você presta serviço público!

As fotos estão excelentes mas o lugar ajuda muito. Parabéns

Anónimo disse...

Concordo: boas fotos e o lugar ajuda.

Mas haverá outra forma de forma de preservar, promover este lugar sem se colar ao movimento anti-barragem.
Porque, para além de ser claro que estão e sempre estiveram contra esta e outras barragens, fica por demonstrar a genuinidade de se terem apropriado de um bem comum e da expectativa de populações desfavorecidas e esquecidas.

Há muitas formas (e argumentos) contra uma barragem. Mas esta é a pior possível. Se aceitam a sugestão, mudem de agulha, de linha.

AA, Bragança

J.M.P.O disse...

Caro (a) AA,

o seu comentário deixou-me pensativo! Já antes de Aristóteles se sabia o que ele veio a escreve-lo no seu Organon: “a mesma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo”.

Por causa deste princípio (chamado da não contradição) não consigo perceber (a não ser que recorra a certas interpretações da teoria do “gato de schrödinger” e mesmo assim…) como é que se consegue preservar o património e mantê-lo? Sim porque caso não esteja ao corrente da situação devo dizer-lhe que a linha do Tua terá de fechar caso se construa a barragem.

Em segundo lugar não sei se conhece suficientemente bem as pessoas que participam nos movimentos contra as barragens para dizer que é “claro que estão e sempre estiveram contra esta e outras barragens” e não demonstram a “genuinidade de se terem apropriado de um bem comum e da expectativa de populações desfavorecidas e esquecidas”.

Em terceiro lugar, devo dizer-lhe que estou contra esta obra porque apresenta mais inconvenientes do que qualquer outra obra do mesmo tipo devido ao local em que está inserida.

Em quarto lugar, você também não demonstra que faço/façamos parte de movimentos “anti-barragens”. Parece-me até que em vez de pensar nos problemas é daquele tipo de pessoa contra os que estão contra independentemente dos fundamentos apresentados.

Em quarto lugar, (para além da linha) os prejuízos para as populações são notórios. A perda de vinhedo e olival vão ser prejudiciais para a região e não só para os proprietários. O “tipo” em que estão inseridas estas terras, para efeitos de avaliação a qualidade do terreno para cultivo/subsidiação via PAC é dos mais altos, estamos a falar do alto douro vinhateiro. Os ganhos com a barragem vão ser praticamente nulos (segundo estudos apenas se aproveitará mais 0,016% de energia (em termos globais) do que se fosse melhorada a barragem do Picote).

Em quinto lugar posso apropriar-me dessa causa porque ela também é minha uma vez que sou do distrito de Bragança. Se é de Bragança, como afirma, é muito provável que me conheça ainda que de vista uma vez que vivi aí durante alguns anos e ocupava um lugar de certa “notoriedade”.

Em sexto lugar, se qualquer pessoa que é contra a barragem tem o ónus de provar o seu interesse pelo interesse das populações também você terá que o fazer, não me parece bastante escrever Bragança para provar um interesse, apenas prova uma localização geográfica.

Por fim, gostava de lhe dar um cheirinho da elaboração do “plano nacional de barragens”. Foi preparado da seguinte maneira: pegou-se num mapa de Portugal e enumeraram-se os rios em que se podiam fazer as barragens atendendo a MAIS NADA excepto aos compromissos internacionais celebrados por Portugal (foi dito por alguém que falava em nome do governo há poucos dias). Mesmo assim, no caso do Tua, esqueceram-se das convenções da UNESCO que foram ratificadas por cá e como tal são obrigatórias e vinculativas para a actividade legislativa do Estado. Depois de lançar um concurso público tão bem estudado devo lembrar que o governo fica numa situação complicada podendo ter o dever de indemnizar os concorrentes por causa de uma decisão de não adjudicação.

Escrevi uma resposta antes da hora mas gostava de saber melhor a sua opinião sobre este problema já que se mostrou tão afoito a fazer insinuações indecorosas sobre as pessoas que estão contra essa pérola da engenharia portuguesa que é a barragem do Tua (que se situa, aproveito para dizer-lhe, em zona de grande instabilidade sísmica).

Já agora, o Sr. (a) disse: “Há muitas formas (e argumentos) contra uma barragem. Mas esta é a pior possível.” Gostava que, se quiser, concretize esta ideia. Honestamente acho que a fórmula que empregou é vazia de conteúdo… Não consigo retirar daí ideia nenhuma apenas uma declaração (nem sequer uma critica é) vazia.
Desculpe pela rudeza dos argumentos e da forma como foram expostos, sei que devia esperar por uma clarificação mas foi mais forte do que eu!

Grato pela atenção.

J.M.P.O disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
J.M.P.O disse...

Errata: onde se diz"como é que se consegue preservar o património e mantê-lo?" deve ler-se:"como é que se consegue preservar património que vai ser afundado por uma barragem?"