![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcEwbS1o3C7xFc17187EHiXI-LPBzKCQNVSYk_OqNhZbemAD1w0V6NpK4oFz5eJmdMidcoI6ZAKBMIKnqGsvZqgCk4IWC3uwnoN1Bf_Go5QiPtZCbuEw2L96zhvf70euwFcfhtJqo4Rg/s400/latadas02.jpg)
Dirigi-me para o
Cachão quando o sol pintou de vermelho a capelinha no cabeço da
Senhora da Assunção. O dia ia estar fantástico, pressenti isso mesmo quanto perscrutei o horizonte lá para os lados da serra do
Reboredo ainda antes do sol nascer.
Lá ao fundo do vale, onde o
Tua serpenteia, havia várias colunas de fumo espesso. As indústrias têm os seus senãos e a poluição atmosférica é um deles.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcOgEMWgtUMohDewNmJ-GvmSRyG2TaeSkHazprhAAa7nEkYCxZ_erNjA_oqdexHIuDx5SaSHIXYQfXyetHa4TYQdYKwpkxA_225RQls9QEZz8czRoJHNCyyYiwCVjoAm28MIBpggR13g/s400/mirand05.jpg)
No
Cachão ainda tive tempo para tomar um café, a automotora ainda não tinha chegado, o que aconteceu poucos minutos depois das sete da manhã. Delineei a etapa como começando em
Mirandela, pelo que me desloquei de
automotora entre o
Cachão e
Mirandela, deixando o carro no
Cachão.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihHTLD1T_v-FxcOjuzEVZ-YmJF4Zq9V8CuLRlKF7M410ZZgECzmCBSPC03joPu4dshe5HqXS9yZnRz9Y0z3guSfHq0ZDqjyN1qOL-40zA28Dhzizxl1mK_kv4XQpyZ0Xoj1MCpC79GHg/s400/mirand06.jpg)
Depois de chegar o táxi (percurso Ribeirinha-Vilarinho-Cachão), a automotora partiu pachorrentamente para
Mirandela. O sol, ainda a medo, pintava de cores quentes as copas das árvores. A viagem não durou nem meia hora. Quando cheguei à
estação já o dia estava luminoso e o céu impressionantemente azul.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkNf_wkrziDJkcwnyugfOjU0hoFRH3MWLm10Je5328bpj_RnjT_uQ1W9aoxl-xRL_u_gIhr1Z0fp8Qn1dXH3mClXSAC5OthLJ1yTZa2WzmIE8ZGQaXTLzAC7sUNFLxEB7mybok-1Dlfg/s400/mirand07.jpg)
Gastei alguns minutos deambulando pela estação, não se via vivalma! Comecei a minha caminhada quando fui surpreendido com os reflexos da cidade no rio. Nunca até esse momento tinha compreendido tem bem a expressão “
Princesa do Tua”! A luz da manhã, a calma das águas do
Tua e o silêncio da cidade, favoreceram o tal clima de intimidade necessário para uma boa fotografia. “Perdi” mais de uma hora, só fotografando o rio!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT1yvjkxyzGGjt3Su4x6XoSerdx-xWnIa3Nn_2p5-ISteBUiFX-KKmPwNaz8uHs_FbZg86y-JxAVDAY4VQDLoMdvoxFmwftoSkrB-liZOTBWM8IviHLpan4KEHgb-uf99qlHuOTbpD0g/s400/mirand08.jpg)
Sem pressas iniciei a minha caminhada em direcção ao
Cachão. Os mais madrugadores aproveitaram a frescura da manhã para alguns
trabalhos nas hortas. Podam-se os pessegueiros, plantam-se as batatas, colhem-se os grelos antes que as flores desabrochem no seu amarelo intenso.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglXEPJKogCd4qVGAMVd0KFK3IZBbMo-YfFSNModMPFrkmWVRvCyRuz_2qSfvAWdud_2Abv0IvHs4tAoWjagdAOvmpH4tjf5GRKQDJf6UnvP-7zyti2-NPVyvKPeLlpDVI1OW6fDRaJgg/s400/mirand09.jpg)
A caminhada foi-se fazendo matizada em quatro cores: o amarelo dos
grelos e do manto de flores no olival; o
azul do céu que se fundia com o das águas do
Tua e o verde; verde das oliveiras e das
searas. A estas três veio juntar-se o branco imaculado das nuvens que se fundiam aqui para tomarem formas bizarras mais além.
A automotora passou de novo em direcção ao
Cachão.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhxQ9zg3RAvWgefZi0xatMFy7xxU6Pp-OjZ7zgt1meTHCrrNBxnt20fuRxAyh7tys1NHks0ndMZA7bw9GFWC41W49aWzSVR6F-T7eTOQJ5U9EU4QtGkU5oVTCjv2FNviyw-CA8Q5FcAw/s400/alinha77.jpg)
O sol queimava a pele, pouco habituada ao ar livre. Pouco depois do
Choupim desci ao rio, coloquei-me no meio do pontão desafiando as águas que passavam agitadas. Só as aves me faziam companhia. Apeteceu-me ficar por ali sentado à sombra a saborear o ar bucólico do lugar, mas voltei à linha.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj11ycIVxViK8qP-HlN2Mv0j-EcuSU3_N9RtqpTRy1BMQevA_p6-XWCFfl3VRzxumpjURjZYUbmVlVgbgAiYPYD2pzqjV-mUux4L9JZUjAqq8oUORdW3NkYA_L5VliOarhED_pre06n-g/s400/latadas03.jpg)
Pouco depois estava no apeadeiro de
Latadas. A minha atenção centrou-se num campo atapetado de
margaridas. Rebolei-me no chão procurando o melhor ângulo, até que, satisfeito, recomecei a caminhada. Era quase meio-dia e pouco tinha ainda percorrido.
Para completar a má impressão que já tinha da fábrica de óleos que está implementada nesta zona, bastou olhar para a “
água” que a mesma lança para o rio. Será desta água que se pretende fazer uma reserva com a barragem no rio
Tua?!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYSYBHnuw9SyzrUu6XWfgFvMH8Di1Qis8LIMU9h5_pe83BIJqM2kkERDfsyIewEboQJyoTl9c7xJsDGSGbKWNFIaplQPsNCk2eqmIxiMnjgBk6hgdrgMaEmlIM7kCyUhSLGNpF9ferKw/s400/alinha76.jpg)
A automotora passou de novo para Mirandela e pouco depois cheguei ao
Túnel de Frechas. Perto da
ponte da Carvalha foram as
amendoeiras em flor que chamaram a minha atenção. Já são poucas as amendoeiras em flor, mas começam já a aparecer floridas as ameixoeiras e os pessegueiros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV1QQlRnKktdXDQwf3VvWzjZVHLOOHBJ_nuv1jDO2Ih8ge-No2JojRyLv9Qx1GuH33U-eUDhn2HryjGxppZW2jz04tZxlNC9nZdIz0tKb-gPIX2-O-bl3b1YGoGYT2zawNEJ7BhakRuQ/s400/frech08.jpg)
À uma da tarde estava na estação de
Frechas. Essa era a hora em que previa estar de regresso a casa para o almoço, mas entusiasmei-me de tal forma que estava bastante atrasado. Felizmente carregava na mochila alguns mantimentos, os suficientes para me animar mais alguns quilómetros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaCteEhDucnZTvCPbGgxur8DPxqd-NJrkM_SWgYPdGPCRi0aEY0DgIzXLxljlA4o-yYO81BF3VYf2ss5k9BS6FyTDWa8CgE66Iq0VjRL8LK8Zp_T2gz1frtTvctzxqdg1G7vjSVOiJTw/s400/frech09.jpg)
A passo lento, mas sem grandes demoras, fui-me
aproximando do
Cachão. No rio ainda encontrei bastantes corvos marinhos e garças, mas são tão desconfiados que não permitem a aproximação de forma facilitar alguma fotografia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6nETh49qPfHG0Ra_vXa9OqBeH5xj7Jg2aS4f_TK_S-ZxvKnWc9YWR-7lEbADWuIDilMGWU1Z0YY2sO1RMcq39WyBQHlUdJOTXlNCnzhCAEzqLFOisy3i7qQ7ihkkwMapeNb8piIA6UA/s400/cachao07.jpg)
Cheguei ao
Cachão perto das duas da tarde. A caminhada andou à volta de 12 quilómetros. Foi a quarta vez que fiz este percurso, mas nunca me senti tão entusiasmado como nesta caminhada de Inverno!
2 comentários:
Sem dúvida um lindo percurso este de Mirandela ao Cachão. Lindas fotografias e lindas cores! Pena não me teres dito, tinha ido contigo. Já algum tempo que ando com vontade de fazer um passeio pela linha. Quando estiveres a pensar voltar a linha diz algo e vamos os dois.
Um abraço e continuação de boas fotografias.
Jorge Delfim
Um espectáculo de fotografias... Lindas! Com óptimas cores e bons enquadramentos! Parabéns por esta excelente série de fotos!
AA
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