quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Governo dá incentivo de 33 milhões para construção da barragem do Tua
Portaria foi assinada dias depois da deslocação ao Douro da missão de inspecção do Comité do Património Mundial. Ambientalistas alertam a UNESCO de que está a ser enganada pelas autoridades
Uma carta anteontem remetida ao Comité do Património Mundial da UNESCO chama a atenção para os incentivos financeiros agora aprovados pelo executivo de Passos Coelho para a construção da barragem do Tua, concluindo que aquele organismo está a ser enganado pelo Governo português. A iniciativa partiu do consórcio de associações que têm contestado o empreendimento e o documento é assinado pelo presidente da associação ambientalista Geota, João Joanaz de Melo.
Apesar de Portugal se ter comprometido a abrandar as obras e a aguardar pelo relatório dos peritos que, nos primeiros dias do mês, estiveram no Douro numa missão de avaliação dos impactos da obra sobre a classificação do Alto Douro Vinhateiro, dias depois foi aprovado "o montante anual do incentivo ao investimento" na construção de novas barragens, que, para o caso do Tua, prevê um total que ultrapassa os 33 milhões de euros, a ser pago ao longo de dez anos.
A missão da UNESCO terminou a visita ao Douro a 3 de Agosto e a portaria foi assinada três dias depois pelo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, e esta segunda-feira publicada em Diário da República.
"As implicações desta decisão e o seu timing são claros e cristalinos: a EDP e o Governo português têm andado a enganar a UNESCO ao longo de todo este tempo sem se importar minimamente com as conclusões do relatório da missão", alerta a carta. No documento, o Governo e a EDP são ainda acusados de prosseguir "uma estratégia de facto consumado", pondo em causa o respeito pelos protocolos e a credibilidade das decisões da UNESCO.
Para os ambientalistas, além de constituir "uma benesse injustificada" para a EDP, a aprovação dos incentivos é também a prova de que o Estado português não está a respeitar o compromisso de aguardar pelo relatório da missão para depois decidir o futuro da barragem.
Obras a toda a força
Além da denúncia dos incentivos à construção, os ambientalistas remeteram também várias fotografias e documentos, procurando demonstrar que, "ao contrário daquilo que tem sido divulgado pelo Governo", as obras estão a decorrer "a toda a força". "Estão lá agora mais máquinas que há três meses", diz Joanaz de Melo, assegurando que têm recolhido fotografias diariamente. E deixa até o desafio ao Governo para que divulgue "o registo do número de máquinas e de trabalhadores na obra ao longo das últimas semanas".
Quanto aos incentivos agora aprovados pelo Governo, dizem respeito ao conjunto de todas as novas barragens ou obras para o aumento de potência nas já existentes. Tal como foi anteontem noticiado pelo PÚBLICO, o Governo anunciou que aqueles montantes representam até uma poupança substancial face ao que estava previsto no programa inicial negociado pelo anterior executivo liderado por José Sócrates com a EDP, Endesa e Iberdrola.
Diferente é a perspectiva dos ambientalistas, para quem estes apoios não passam de uma "benesse injustificada" para as empresas. Além disso, contrariam não só o próprio programa do Governo, como também as orientações comunitárias e o memorando com a troika, "que propõem medidas de eficiência energética e contrárias ao incentivo ao consumo", frisa Joanaz de Melo.
O responsável do Geota diz mesmo que o incentivo à construção de barragens "é um erro crasso em termos de política energética", já que Portugal tem actualmente excesso de capacidade instalada. Representa também uma "extorsão aos portugueses", já que nada justifica os montantes que vão ser atribuídos às empresas do sector eléctrico.
Por José Augusto Moreira in Público
Uma carta anteontem remetida ao Comité do Património Mundial da UNESCO chama a atenção para os incentivos financeiros agora aprovados pelo executivo de Passos Coelho para a construção da barragem do Tua, concluindo que aquele organismo está a ser enganado pelo Governo português. A iniciativa partiu do consórcio de associações que têm contestado o empreendimento e o documento é assinado pelo presidente da associação ambientalista Geota, João Joanaz de Melo.
Apesar de Portugal se ter comprometido a abrandar as obras e a aguardar pelo relatório dos peritos que, nos primeiros dias do mês, estiveram no Douro numa missão de avaliação dos impactos da obra sobre a classificação do Alto Douro Vinhateiro, dias depois foi aprovado "o montante anual do incentivo ao investimento" na construção de novas barragens, que, para o caso do Tua, prevê um total que ultrapassa os 33 milhões de euros, a ser pago ao longo de dez anos.
A missão da UNESCO terminou a visita ao Douro a 3 de Agosto e a portaria foi assinada três dias depois pelo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, e esta segunda-feira publicada em Diário da República.
"As implicações desta decisão e o seu timing são claros e cristalinos: a EDP e o Governo português têm andado a enganar a UNESCO ao longo de todo este tempo sem se importar minimamente com as conclusões do relatório da missão", alerta a carta. No documento, o Governo e a EDP são ainda acusados de prosseguir "uma estratégia de facto consumado", pondo em causa o respeito pelos protocolos e a credibilidade das decisões da UNESCO.
Para os ambientalistas, além de constituir "uma benesse injustificada" para a EDP, a aprovação dos incentivos é também a prova de que o Estado português não está a respeitar o compromisso de aguardar pelo relatório da missão para depois decidir o futuro da barragem.
Obras a toda a força
Além da denúncia dos incentivos à construção, os ambientalistas remeteram também várias fotografias e documentos, procurando demonstrar que, "ao contrário daquilo que tem sido divulgado pelo Governo", as obras estão a decorrer "a toda a força". "Estão lá agora mais máquinas que há três meses", diz Joanaz de Melo, assegurando que têm recolhido fotografias diariamente. E deixa até o desafio ao Governo para que divulgue "o registo do número de máquinas e de trabalhadores na obra ao longo das últimas semanas".
Quanto aos incentivos agora aprovados pelo Governo, dizem respeito ao conjunto de todas as novas barragens ou obras para o aumento de potência nas já existentes. Tal como foi anteontem noticiado pelo PÚBLICO, o Governo anunciou que aqueles montantes representam até uma poupança substancial face ao que estava previsto no programa inicial negociado pelo anterior executivo liderado por José Sócrates com a EDP, Endesa e Iberdrola.
Diferente é a perspectiva dos ambientalistas, para quem estes apoios não passam de uma "benesse injustificada" para as empresas. Além disso, contrariam não só o próprio programa do Governo, como também as orientações comunitárias e o memorando com a troika, "que propõem medidas de eficiência energética e contrárias ao incentivo ao consumo", frisa Joanaz de Melo.
O responsável do Geota diz mesmo que o incentivo à construção de barragens "é um erro crasso em termos de política energética", já que Portugal tem actualmente excesso de capacidade instalada. Representa também uma "extorsão aos portugueses", já que nada justifica os montantes que vão ser atribuídos às empresas do sector eléctrico.
Por José Augusto Moreira in Público
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Horários dos taxis
O serviço de táxis na Linha do Tua foi suspenso em julho e retomado poucos dias depois. A CP continua a disponibilizar os horários, curiosamente com a representação da ligação ao TGV em Puebla de Sanábria(!).
Em caso de dúvida há sempre a possibilidade de recorrer ao Posto de Turismo de Mirandela, embora a Linha do Tua lhe passe um pouco ao lado.
Rua D.Afonso III (junto ao edifício da Estação da CP)
5370 Mirandela
e-mail: postodeturismo@cm-mirandela.pt
Telefone (Número Verde): 800 300 278
Telefone (acesso a partir do estrangeiro): +351 278 203 143
Horário Anual de funcionamento:
Inverno
Segunda a sexta - 09H00 às 17H30
Fins de semana e feriados- 10H00 às 16H00
Verão
Segunda a domingo - 10H00 às 16H00
Horários em PDF
Em caso de dúvida há sempre a possibilidade de recorrer ao Posto de Turismo de Mirandela, embora a Linha do Tua lhe passe um pouco ao lado.
Rua D.Afonso III (junto ao edifício da Estação da CP)
5370 Mirandela
e-mail: postodeturismo@cm-mirandela.pt
Telefone (Número Verde): 800 300 278
Telefone (acesso a partir do estrangeiro): +351 278 203 143
Horário Anual de funcionamento:
Inverno
Segunda a sexta - 09H00 às 17H30
Fins de semana e feriados- 10H00 às 16H00
Verão
Segunda a domingo - 10H00 às 16H00
Horários em PDF
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Valerá a pena?
Destruir
- Um vale único
- Uma linha de caminho de ferro considerada uma das maiores obras da Engenharia Portuguesa e uma das mais belas do Mundo
- Oliveiras centenárias que produzem o melhor azeite do Mundo
- Videiras e um microclima que produz o melhor vinho do Mundo
- Termas sulfurosas milenares
- A ligação de caminho de ferro ao interior de Trás os Montes
- Aumentar a desertificação e abandonar as populações
- Arriscar que o DOURO PERCA A CLASSIFICAÇÃO DE PATRIMÓNIO MUNDIAL
Por
- UM MONSTRO DE UMA BARRAGEM QUE SÓ VAI CONTRIBUIR COM A PRODUÇÃO DE 0.3% DA ENERGIA ??????
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
O que diz a comunicação social - Ago2012
- 01.08.2012 - SIC Notícias - Foz Tua: Secretaria de Estado da Cultura considera "inútil" construção de mais um museu na região
- 01.08.2012 - RTP Notícias - UNESCO diz ser importante ouvir diferentes opiniões antes de chegar a conclusões sobre barragem de Foz Tua
- 01.08.2012 - RTP Notícias - Ambientalistas apelam à UNESCO para travar construção da barragem
- 01.08.2012 - TSF - Sociedade civil contra construção de barragem de Foz Tua, frisa ambientalista
- 01.08.2012 - RR - Técnicos da UNESCO avaliam barragem do Foz Tua no Douro Vinhateiro
- 01.08.2012 - RR - Mexia levou técnicos da UNESCO à barragem do Foz Tua
- 01.08.2012 - RR - Quercus acredita que Unesco vai mandar parar barragem de Foz Tua
- 01.08.2012 - RR - Autarcas do Tua recusam parar obras da barragem
- 01.08.2012 - JN - Missão da UNESCO recebida por manifestação na Régua
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Autarcas do Tua recusam parar obras da barragem
Defendem que a esta altura do campeonato a beleza natural do vale já não vai existir e que já só há a ganhar com o desenvolvimento que a obra traz à região.
Os presidentes de câmara da região do Alto Douro Vinhateiro dizem ser inaceitável parar nesta altura as obras da Barragem de Foz Tua. Depois dos ambientalistas, foi a vez de os autarcas dizerem o que pensam à delegação da UNESCO que está de visita à região.
As obras não podem parar, é a posição transmitida esta quarta-feira às técnicas da Unesco pelo presidente da Associação de Desenvolvimento do Vale do Tua e da Comunidade Intermunicipal do Douro.
“Aquilo que tínhamos a perder já perdemos, que é de facto a questão da beleza selvagem, e aquilo que agora teríamos a ganhar, se parasse, não ganhávamos nada”, defende Artur Cascarejo.
“A beleza natural do vale enquanto vale selvagem já não vai existir. Vai existir é um projecto de desenvolvimento regional em parceria com as autoridades locais e com o Governo português, que têm um verdadeiro projecto de desenvolvimento integrado para todo o território”, argumenta.
“As populações do Vale do Tua não podem perder esta oportunidade porque ela representa o fim do esquecimento a que durante anos este território foi votado pelos diferentes Governos. Esta é uma oportunidade única que nós agarramos com todas as mãos e que portanto não vamos perder”, insiste ainda o autarca.
É possível compatibilizar a central hidroeléctrica com a paisagem Património da Humanidade, dizem os autarcas, que não aceitam perder um projecto que segundo eles trará desenvolvimento à região e ao país.
Sem grandes conclusões para divulgar, a delegação da UNESCO para já sublinha a importância de recolha de opiniões diversas sobre um projecto polémico com algum impacto em área protegida.
Fonte do texto: Renascença
Os presidentes de câmara da região do Alto Douro Vinhateiro dizem ser inaceitável parar nesta altura as obras da Barragem de Foz Tua. Depois dos ambientalistas, foi a vez de os autarcas dizerem o que pensam à delegação da UNESCO que está de visita à região.
As obras não podem parar, é a posição transmitida esta quarta-feira às técnicas da Unesco pelo presidente da Associação de Desenvolvimento do Vale do Tua e da Comunidade Intermunicipal do Douro.
“Aquilo que tínhamos a perder já perdemos, que é de facto a questão da beleza selvagem, e aquilo que agora teríamos a ganhar, se parasse, não ganhávamos nada”, defende Artur Cascarejo.
“A beleza natural do vale enquanto vale selvagem já não vai existir. Vai existir é um projecto de desenvolvimento regional em parceria com as autoridades locais e com o Governo português, que têm um verdadeiro projecto de desenvolvimento integrado para todo o território”, argumenta.
“As populações do Vale do Tua não podem perder esta oportunidade porque ela representa o fim do esquecimento a que durante anos este território foi votado pelos diferentes Governos. Esta é uma oportunidade única que nós agarramos com todas as mãos e que portanto não vamos perder”, insiste ainda o autarca.
É possível compatibilizar a central hidroeléctrica com a paisagem Património da Humanidade, dizem os autarcas, que não aceitam perder um projecto que segundo eles trará desenvolvimento à região e ao país.
Sem grandes conclusões para divulgar, a delegação da UNESCO para já sublinha a importância de recolha de opiniões diversas sobre um projecto polémico com algum impacto em área protegida.
Fonte do texto: Renascença
Tua: UNESCO recebida por manifestação de ambientalistas
De acordo com a Lusa, três especialistas do Comité do Património Mundial da UNESCO deslocaram-se ao Douro, esta semana, para avaliar, no local, os impactos provocados pelos trabalhos de construção da Barragem de Foz Tua, entre os concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.
A missão da UNESCO reúne-se hoje, na Régua, com organizações ligadas ao ambiente, que desde o início estão contra a construção do empreendimento hidroelétrico, como o Partido Ecologista «Os Verdes», a Quercus ou o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), e com os autarcas da região.
À chegada ao Museu do Douro, os técnicos foram recebidos por cerca de 20 manifestantes e uma das especialistas parou para falar com os ambientalistas e para tirar fotografias dos cartazes colocados nas paredes do edifício.
Nestes cartazes podia ler-se «STOP novas barragens», «Barragem de Foz Tua = cancro no Alto Douro Vinhateiro» ou «Barragens afundam património».
A visita ao Douro vinhateiro foi agendada após a última reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO, que decorreu em São Petersburgo, Rússia, e durante a qual foi aprovado um «abrandamento significativo» das obras da barragem, em alternativa à suspensão das mesmas.
Este ritmo de trabalhos vai manter-se até à apresentação do relatório da missão da UNESCO, que deverá estar pronto até ao final do ano.
Durante esta semana está a ser apresentado à UNESCO o projeto do arquiteto Souto Moura, que tem em vista a compatibilização da central hidroelétrica, inserida na área classificada, com a paisagem.
O projeto pretende enterrar toda a central. Será ainda feito um pequeno reajuste do ângulo da própria barragem que pretende diminuir o impacto visual da mesma.
Durante a realização desta nova missão, Portugal espera poder convencer a UNESCO, em definitivo, sobre a compatibilidade da construção da barragem no Tua, nos seus novos moldes, com a classificação do Douro como Património Mundial.
O Douro foi distinguido como Património Mundial da Humanidade em 2001.
A barragem, cujas obras arrancaram há 15 meses, vai ocupar 2,9 hectares do Alto Douro Vinhateiro, o que representa 0,001 por cento do total da área classificada.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/unesco-tua-barragem-protesto-tvi24-regua/1365282-4071.html
Por: tvi24 | 1- 8- 2012 10: 4
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