Um conjunto de figuras públicas, das mais diversas áreas - professores universitários, profissionais da cultura, dirigentes associativos, políticos, jornalistas, empresários e dirigentes políticos - já assinaram o Manifesto pelo Tua, mais uma iniciativa de um conjunto de organizações não governamentais em defesa do Vale do Tua.
Aproveitando o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se celebra esta quarta-feira, Geota, Quercus, LPN, SPEA e GAIA redigiram um documento que, sucintamente, apresenta sete razões pelas quais a construção da Barragem de Foz Tua deve ser parada. De acordo com o Manifesto do Tua, divulgado esta terça-feira à comunicação social, a Barragem de Foz Tua "não cumpre os objetivos, não é necessária, é cara, há alternativas melhores, é um atentado cultural ambiental, cultural e social".
Entre os signatários, que "defendem a paragem imediata das obras antes que sejam cometidos danos irreparáveis sobre um património de inestimável valor social, ecológico e económico", estão Viriato Soromenho Marques, Rui Reininho, Ana Benavente, António Carmona Rodrigues, Duarte Pio, Gonçalo Ribeiro Telles, Francisco Louçã e Macário Correia.
Alguns dos subscritores vão marcar presença no encontro sobre património, organizado pelo IGESPAR, na quarta-feira, no Museu Nacional de Etnologia, que contará com a presença do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, para questionarem o responsável governamental sobre esta questão.
A Barragem de Foz Tua, incluída no Plano Nacional de Barragens e concessionada à EDP, tem sido alvo de contestação de organizações não governamentais pelas consequências "irreparáveis" que trará ao Vale do Tua. A submersão de um troço da Linha do Tua e a sua localização na Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, são dois dos aspetos negativos apontados, aos quais se junta a destruição do ecossistema do vale.
por Marina Marques
Fonte: DN
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