segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

MCLT - Comunicado do Fim Anunciado da Barragem do Tua


"A prosperidade futura do nosso país depende da existência de um sistema ferroviário excelente e em bom estado”

Warren Buffet, 2º homem mais rico do mundo, sobre os Estados Unidos da América, justificando a sua compra no início de Novembro da Burlington Northern and Santa Fe, segunda maior companhia ferroviária do país, num negócio de 34 mil milhões de USD.

“Este país não pode viver sem barragens e ninguém nos pode impedir de as construir”

Orlando Borges, Presidente do Instituto Nacional da Água, sobre o estudo encomendado pela Comissão Europeia que conclui que o Plano Nacional de Barragens do Governo está cheio de erros, viola directivas comunitárias, e não deveria avançar.


“(O sector ferroviário) é um sector que está para ficar, é um sector de futuro. Tem de crescer mais do que os outros transportes, sendo que é mais seguro, mais limpo, energeticamente mais eficiente, e, em muitos casos, mais confortável”

Manuel Seabra Pereira, Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, em declarações à “Ciência Hoje” numa visita à Fertagus.

“Claro que uma barragem leva à perda de biodiversidade (…). Eu gosto muito mais da zona de Alqueva agora. (…) Até 2013 está prevista a execução de mais de 500 milhões de euros na defesa da costa. Esta verba (…) permitirá combater a erosão, defender a orla costeira, requalificá-la e valorizá-la”

Dulce Pássaro, Ministra do Ambiente, em declarações ao Jornal de Notícias.

“Restabelecer as estradas, os acessos e caminhos existentes (…) garantindo as equivalências funcionais, designadamente o troço da linha-férrea do Tua que ficará inundado devido à construção da barragem”

Cláusula 10ª do Caderno de Encargos do Concurso para a atribuição de concessão de captação de água no rio Tua, para a produção de energia hidroeléctrica e concepção, construção, exploração e conservação de obra pública da respectiva infra-estrutura hidráulica.


“Como cidadão não sou defensor da construção da barragem. Há outras formas de produzir energia hidroeléctrica e aquele vale fica perdido e a linha fica submersa para sempre”

José Luís Correia, Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, em declarações ao Jornal de Notícias.


“A desertificação do Interior Norte é directamente proporcional ao desinvestimento em vias-férreas e comboios”

João Paulo Guerra, jornalista do Diário Económico.

Comunicado, na integra, no sítio oficial do Movimento Cívico pela Linha do Tua

3 comentários:

Anónimo disse...

Força MCLT

Se não fossem vocês já tinha ido a linha e tudo

Unknown disse...

Estivémos ontem no Tua e, ao KM 2já iniciaram o levantamento do carril. Temos de continuar a lutar pela preservação deste património natural e ferroviário único.

P. Sousa disse...

Resposta ao comentário da Inês:

Pelos vistos, tendo em conta a força dos lobbies e a sensibilidade dos governantes deste país, só mesmo a tiro de caçadeira é que se conseguirá a preservação deste espectacular património...