Ainda posso caminhar na Linha do TUA?
A parte mais selvagem, onde existem os túneis, já não pode ser percorrida. Já há troços inundados e os restantes ou são de difícil acesso, ou só podem ser percorridos com grande risco de vida.
O carris foram arrancados ao longo de 21 kms, embora só os primeiros 16 km vão ficar submersos.
O melhor percurso é ir até Brunheda (ou S. Lourenço, aldeia de Pombal), deixar aí o carro e começar a fazer o percurso descendente, até onde se conseguir. Tendo depois que se fazer o caminho inverso, para voltar ao carro.
Partindo de Brunheda podem ser percorridos, sem grandes perigos, pelo menos 11 km, o que faz 22 kms com o regresso.
Arriscando contornar o túnel da Falcoeira, pode ir-se, na melhor das hipóteses, até ao túnel das Fragas Más, que são 15,3 kms (30,6 km ida e volta).
Esta última hipótese depende do nível que as águas da albufeira já atingiram.
Há acesso à estação de Castanheiro, a pé ou com 4x4, desde a aldeia do Castanheiro e da aldeia de Tralhariz. Estes acessos pode ser usados para percursos diferentes.
Partilhem as fotografias dos percursos connosco.
Nota: as fotografias são de 19 de junho, agora (31 de julho) o nível das águas deve estar bastante mais elevado.
A Linha é Tua
Aventuras na Linha do Tua, que também é tua...
domingo, 31 de julho de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Informação (18.05.2016)
A última informação recebida dá conta de dois túneis atulhados: Fragas Más II (5,7 km) e Falcoeira (9,2 km). Acreditem que não é fácil contornar estes obstáculos.
Talvez o melhor percurso para se fazer neste momento seja Brunheda-Túnel da Falcoeira-Brunheda. Serão cerca de 20 km no total, com a vantagem de terminar no mesmo local (onde possivelmente se deixou a viatura).
Já fiz o percurso partindo de perto da aldeia de Paradela e descendo à linha junto da Ponte de Paradela, continuando para montante. É outra alternativa.
Talvez o melhor percurso para se fazer neste momento seja Brunheda-Túnel da Falcoeira-Brunheda. Serão cerca de 20 km no total, com a vantagem de terminar no mesmo local (onde possivelmente se deixou a viatura).
Já fiz o percurso partindo de perto da aldeia de Paradela e descendo à linha junto da Ponte de Paradela, continuando para montante. É outra alternativa.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
O último ano do Tua
Em breve, centenas de hectares agrícolas, um dos melhores rios para a prática de desportos de montanha e águas bravas da Europa e uma linha ferroviária centenária serão submersos pela Barragem de Foz Tua, uma barragem que ninguém quer, mas que todos vão pagar.
Conheça as histórias de quem se prepara para perder muito mais do que terra e junte-se ao Esporão na defesa desta região em ultimoanodotua.pt.
Se não for já, já não é.
Assista e partilhe estes vídeos. Ajude-nos a espalhar a mensagem sobre o vale do TUA e actue.
Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
http://ultimoanodotua.pt/
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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domingo, 24 de abril de 2016
A última descida do rio (Ricardo Inverno)
Esta é a história de Ricardo Inverno, presidente do Clube de Canoagem de Águas Bravas de Portugal. Como tantos outros, irá perder uma das melhores regiões para a prática de desportos de montanha e águas bravas da Europa, para que se construa a Barragem de Foz Tua, uma barragem que ninguém quer, mas que todos vão pagar.
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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sábado, 23 de abril de 2016
A Última Vindima (Pedro Duarte)
Esta é a história de Pedro Duarte, viticultor na região do Tua, integrada no Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial pela UNESCO.
Como tantos outros, foi obrigado a vender hectares de vinha para que se construa a Barragem de Foz Tua, uma barragem que ninguém quer, mas que todos vão pagar.
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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sexta-feira, 22 de abril de 2016
A Última Colheita (Manuel Queiroga)
Esta é a história de Manuel Queiroga, produtor agrícola na região do Tua, integrada no Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial pela UNESCO. Como tantos outros, foi obrigado a vender o seu terreno agrícola para que se construa a Barragem de Foz Tua, uma barragem que ninguém quer, mas que todos vão pagar.
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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quinta-feira, 21 de abril de 2016
A Última Caminhada (Aníbal Gonçalves)
Esta é a história de Aníbal Gonçalves, professor e fotógrafo amador. Como tantos outros, irá perder uma paisagem única, da qual faz parte uma das linhas ferroviárias mais antigas da Europa, para que se construa a Barragem de Foz Tua, uma barragem que ninguém quer, mas que todos vão pagar.
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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Envie já a carta para a UNESCO. Evite a conclusão da barragem. #savetua
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Respostas a algumas questões
Resposta a algumas questões que me chegaram via formulário da página no Facebook - A Linha é TUA.
- É preferível fazer a caminhada de Fiolhal para Brunheda ou de Brunheda para o Fiolhal?
São múltiplos os fatores que podem influenciar a escolha mas há alguns que me levam a preferir começar a caminhada em Fiolhal: a caminhada é bastante longa e pode tornar-se cansativa; tira-se muito mais prazer (e fotografias) nos primeiros quilómetros e o entusiasmo vai diminuindo; o percurso da Linha ao Fiolhal é muito esgotante para final da caminhada, principalmente se fizer calor:
- É necessário fazer todo o percurso entre Fiolhal e Brunheda ou podemos desistir noutro apeadeiro?
Entre Fiolhal e Brunheda o único acesso por carro ligeiro à linha é em S. Lourenço (ao 16.ºKm). Desistir em Tralhariz, Castanheiro ou Tralhão obrigaria a uma íngreme e longa caminhada até se ter acesso a uma estrada.
- Há algum taxista que possa ser contactado em caso de emergência?
O serviço de táxi da Linha do Tua pode ser contactado através do n.º 917534718. Normalmente, existem 2 serviços, um pela manhã e outro ao final do dia.
Número de outros táxis (Carrazeda de Ansiães) 278 617351 / 964054167 / 966796765.
- Qual é o troço da Linha mais bonito?
Gostos não se discutem. A linha é muito diferente desde Foz-Tua a Mirandela e depende muito das estações do ano e do estado do tempo. Pela paisagem única, recomendo a parte que se calcula que venha a ficar submersa Fiolhal – S. Lourenço (16km). Para Caminhadas mais curtas, Brunheda- Abreiro (9 Km) ou mesmo Abreiro-Ribeirinha (3,5 km).
- Quais os cuidados a ter nas caminhadas?
Caminhar em locais isolados de difícil acesso deve ser feito de forma muito cautelosa e nunca por pessoas isoladas. Não são necessárias lanternas para passar os túneis, e as pontes e viadutos são de pouca altitude (mas mesmo assim há pessoas que sentem fobia). O maior perigo é o de entorse ou queda. Caminhar sobre a gavinha não é muito agradável e fazê-lo sobre as travessas também não. As travessas quando molhadas tornam-se muito escorregadias. São aconselhadas botas fortes e confortáveis. Em tempo quente é necessário transportar muita água. Os poucos pontos de água existentes vão-se perdendo e é melhor nem contar com eles.
domingo, 15 de novembro de 2015
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 2/2
No dia 23 de março a concentração aconteceu em Brunheda. Muitos automóveis foram deixados em Fiolhal, final da caminhada, e os seus ocupantes transportados para Brunheda pelo autocarro da Câmara de Carrazeda de Ansiães, que colaborou no evento.
Juntaram-se os participantes do dia anterior e muitos mais que chegaram de manhã bem cedo. Curiosamente o grupo era bastante jovem, com muitos casais ou grupos de vários jovens, animados para conhecerem a Linha do Tua. A minha convicção é a de que o Geocaching era apenas uma desculpa, pretendiam mesmo conhecer esta Linha, única, ameaçada de desaparecimento.
Houve um compasso de espera em Brunheda no sentido de juntar o grupo, mas pequenos grupos foram começando a descer a Linha, cada um mantendo a sua própria velocidade. Mesmo assim consegui contar mais de 130 pessoas, que partiram perto das 10 da manhã.
Embora o grupo fosse grande, rapidamente se dispersou e acabei a caminhar praticamente sozinho. Não havia mal nenhum nisso, eu até prefiro caminhar sozinho quando quero fotografar, mas as condições atmosféricas também não eram as melhores. Por várias vezes a chuva apareceu e houve sempre alguma neblina.
Embora a justificação da caminhada fosse procurar e encontrar caches seria impensável mais de uma centena de pessoas procurarem o mesmo. Alguns mais animados faziam o trabalho, mas todos tinham o proveito, ou seja, poderiam registar as caches como encontradas. Há perto de 20 caixinhas escondidas, só entre Brunheda e Foz-Tua mas em toda a extensão da Linha do Tua há muito mais.
Ao longo da caminhada muita gente passou por mim. Não tinha pressa e sabia que a parte final da caminhada, a subida para Fiolhal ia ser dura e muitos dos que seguiam à minha frente ficariam para trás.
Fomos passando as estações e apeadeiros um a um: Tralhão, S. Lourenço, Santa Luzia e Castanheiro. Foi neste local que decidimos fazer uma pausa para retemperar energias para o resto da caminhada. Não se chegou a juntar um grande grupo, quando uns chegavam, outros já estavam de partida. A refeição era ligeira e a distancia a percorrer era considerável.
Uma das coisas que desaponta as pessoas que fazem esta caminhada na linha pela primeira vez é a necessidade de se ter que olhar constantemente para as travessas, escolhendo o lugar para pousar o pé. Principalmente quando as travessas estão molhadas o risco de escorregar é muito. Acaba por ser cansativo ajustar o passo à distancia entre travessas, que é muito curta, e não poder admirar a paisagem como gostariam.
Tirando poucas e curtas excepções, o melhor lugar para caminhar é o centro da linha. Caminhar sobre a gravilha seria ainda mais cansativo. Procurar um espaço paralelo à linha só é possível de onde em onde e, mesmo assim, com perigo acrescido devido aos precipícios. Por isso é impossível fazer este percurso em BTT.
Nos últimos quilómetros tive a companhia dos amigos do grupo GeoRibatejo, animados, como sempre.
Ao quilómetro três é preciso deixar a Linha e empreender uma subida íngreme até Fiolhal.
Tal como previa a dificuldade foi muita para alguns elementos do grupo. Após uma caminhada de 20 km não é fácil enfrentar tamanho desnível. As obras da barragem são bem visíveis, bem como a destruição causada a montante do paredão.
Aos poucos foram chegando todos ao centro da aldeia de Fiolhal. Todos nós tínhamos um bilhete que tivemos que colar no livro do Evento.
Enquanto assinávamos esse livro ainda houve tempo para troca de códigos de Geocoins, TravelBugs e outras brincadeiras típicas dos praticantes dos Geocaching. Foi curioso verificar que existem em bonecos, mochilas, automóveis e até alguns tatuados no próprio corpo!
Este conjunto de dois dias a caminhar na Linha trouxe à região algumas centenas de pessoas durante dois dias. As condições atmosféricas não foram as melhores o que estragou um pouco a festa, na noite de 22 para 23 de março, mas os visitantes ficaram com boa impressão e certamente voltarão. Os praticantes deste desporto (Geocaching) gostam de desafios e foi isso que lhe foi proporcionado.
Mais uma vez tudo isto se ficou a dever essencialmente ao esforço de uma pessoa, Jorge Pinto, a residente em Mirandela, mas um profundo conhecedor da região. Para ele o meu muito obrigado. Já mostrou a Linha do Tua e o Vale do Tua a várias centenas de pessoas.
Ver também
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 1/2 (21 de Março de 2015)
Juntaram-se os participantes do dia anterior e muitos mais que chegaram de manhã bem cedo. Curiosamente o grupo era bastante jovem, com muitos casais ou grupos de vários jovens, animados para conhecerem a Linha do Tua. A minha convicção é a de que o Geocaching era apenas uma desculpa, pretendiam mesmo conhecer esta Linha, única, ameaçada de desaparecimento.
Houve um compasso de espera em Brunheda no sentido de juntar o grupo, mas pequenos grupos foram começando a descer a Linha, cada um mantendo a sua própria velocidade. Mesmo assim consegui contar mais de 130 pessoas, que partiram perto das 10 da manhã.
Embora o grupo fosse grande, rapidamente se dispersou e acabei a caminhar praticamente sozinho. Não havia mal nenhum nisso, eu até prefiro caminhar sozinho quando quero fotografar, mas as condições atmosféricas também não eram as melhores. Por várias vezes a chuva apareceu e houve sempre alguma neblina.
Embora a justificação da caminhada fosse procurar e encontrar caches seria impensável mais de uma centena de pessoas procurarem o mesmo. Alguns mais animados faziam o trabalho, mas todos tinham o proveito, ou seja, poderiam registar as caches como encontradas. Há perto de 20 caixinhas escondidas, só entre Brunheda e Foz-Tua mas em toda a extensão da Linha do Tua há muito mais.
Ao longo da caminhada muita gente passou por mim. Não tinha pressa e sabia que a parte final da caminhada, a subida para Fiolhal ia ser dura e muitos dos que seguiam à minha frente ficariam para trás.
Fomos passando as estações e apeadeiros um a um: Tralhão, S. Lourenço, Santa Luzia e Castanheiro. Foi neste local que decidimos fazer uma pausa para retemperar energias para o resto da caminhada. Não se chegou a juntar um grande grupo, quando uns chegavam, outros já estavam de partida. A refeição era ligeira e a distancia a percorrer era considerável.
Uma das coisas que desaponta as pessoas que fazem esta caminhada na linha pela primeira vez é a necessidade de se ter que olhar constantemente para as travessas, escolhendo o lugar para pousar o pé. Principalmente quando as travessas estão molhadas o risco de escorregar é muito. Acaba por ser cansativo ajustar o passo à distancia entre travessas, que é muito curta, e não poder admirar a paisagem como gostariam.
Tirando poucas e curtas excepções, o melhor lugar para caminhar é o centro da linha. Caminhar sobre a gravilha seria ainda mais cansativo. Procurar um espaço paralelo à linha só é possível de onde em onde e, mesmo assim, com perigo acrescido devido aos precipícios. Por isso é impossível fazer este percurso em BTT.
Nos últimos quilómetros tive a companhia dos amigos do grupo GeoRibatejo, animados, como sempre.
Ao quilómetro três é preciso deixar a Linha e empreender uma subida íngreme até Fiolhal.
Tal como previa a dificuldade foi muita para alguns elementos do grupo. Após uma caminhada de 20 km não é fácil enfrentar tamanho desnível. As obras da barragem são bem visíveis, bem como a destruição causada a montante do paredão.
Aos poucos foram chegando todos ao centro da aldeia de Fiolhal. Todos nós tínhamos um bilhete que tivemos que colar no livro do Evento.
Enquanto assinávamos esse livro ainda houve tempo para troca de códigos de Geocoins, TravelBugs e outras brincadeiras típicas dos praticantes dos Geocaching. Foi curioso verificar que existem em bonecos, mochilas, automóveis e até alguns tatuados no próprio corpo!
Este conjunto de dois dias a caminhar na Linha trouxe à região algumas centenas de pessoas durante dois dias. As condições atmosféricas não foram as melhores o que estragou um pouco a festa, na noite de 22 para 23 de março, mas os visitantes ficaram com boa impressão e certamente voltarão. Os praticantes deste desporto (Geocaching) gostam de desafios e foi isso que lhe foi proporcionado.
Mais uma vez tudo isto se ficou a dever essencialmente ao esforço de uma pessoa, Jorge Pinto, a residente em Mirandela, mas um profundo conhecedor da região. Para ele o meu muito obrigado. Já mostrou a Linha do Tua e o Vale do Tua a várias centenas de pessoas.
Ver também
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 1/2 (21 de Março de 2015)
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 1/2
A Linha do Tua e o vale do Tua despertam paixão. Depois de ter havido uma actividade ligada ao Geocaching que juntou perto de uma centena de pessoas, eis que se repete a actividade e a adesão de pessoas vindas dos mais distantes pontos do país ultrapassam todas as expectativas.
A actividade aconteceu nos dias 21 e 22 de março, com o nome de a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last!
Foram planeados dois percursos na Linha do Tua: um para o dia 21, que integrou uma viagem de metro entre Mirandela e Cachão e outra para o dia 22, entre Brunheda e Fiolhal. Entre elas, estava prevista uma noite animada no Centro de Formação de Escuteiros de Carrazeda de Ansiães, onde os participantes pernoitaram.
Fui dos primeiros a chegar a Mirandela, mas aos poucos foi-se juntando um bom grupo de pessoas. A plataforma nacional de Geocaching permitiu os contactos, as "inscrições", a organização do alojamento e os contactos necessários para a organização do evento. À frente de toda organização esteve mais uma vez Jorge Pinto, dinâmico, cheio de ideias, com uma força anímica capaz de arrastar um grande grupo de praticantes de Geocaching a este cantinho do Nordeste e à Linha do Tua.
Foram distribuídos alguns brindes, no compasso de espera, e aproveitámos também para tirar alguns códigos dos objectos, coisas de praticantes de Geocaching...
A primeira etapa seria Mirandela - Brunheda, mas, tal como se veio a verificar, as pessoas pouparam-se para o dia 22 e foram poucos os que arriscaram caminhar alguma coisa.
Saímos de Mirandela em direção ao Cachão na automotora do Metro de Mirandela, num serviço especial. Não deixa de ser curioso a organização ter conseguido um serviço especial, uma vez que quando havia bastantes pessoas a percorrer a Linha do Tua e tentei conseguir um serviço assim para um grande grupo de pessoas e só deparei com dificuldades.
Cerca de 60 pessoas viagem até ao Cachão. A viagem durou pouco tempo, mesmo a velocidade baixa.. Houve uma pausa para um café, no café Cardoso e organizou-se um grupo (pequeno), interessado em fazer mais alguns quilómetros a pé. Estava convencido que o grupo seria maior, mas partimos em direção a Vilarinho das Azenhas, menos de 10 pessoas. A maioria dos caminhantes pertencia ao grupo GeoRibatejo, pessoas animadas, conversadores e bons caminheiros.
Foi triste verificar que já havia centenas de metros de linha sem carris, tinham sido roubados. Fomos encontrando algumas caches pelo caminho e sem pressas chegámos perto do Vilarinho. Para meu espanto tiraram um garrafa de vinho rosé da mochila e "festejamos".
Não havia espaço para o aborrecimento e seguimos viagem para a Ribeirinha e depois para Abreiro, onde chegámos perto das duas da tarde.
A minha vontade era de caminhar até Brunheda, mas ficaria sem transporte, pelo que aproveitei a boleia e regressei a Mirandela com o resto de grupo, na carrinha que os foi buscar.
Havia planos para uma grande festa à noite. O Centro de Formação de Escuteiros em Carrazeda de Ansiães tem óptimas condições para acampar ou acantonar com estruturas mais do que suficientes para as necessidades. Mas, nem tudo corre como o previsto.
O Centro de Formação estava ocupado com o Agrupamento 658, com festejos de alguma importância que obrigava os escuteiros e pernoitarem no acampamento. Para "ajudar" começou a chover com muita intensidade, não permitindo acampar, confeccionar a refeição e proporcionar boas condições para um bom convívio.
Aproveitei para acompanhar os escuteiros na Velada 2015 e optei por ir dormir a casa, uma vez que não estava muito distante.
Não sei como se conseguiu acomodar tanta gente, mas no dia seguinte ninguém faltou à chamada. Bem dormidos, ou mal dormidos, compareceram em Brunheda para a segunda etapa.
Agradeço aos escuteiros na pessoa dos seus chefes que me receberam tão bem que inclusivé me deram de jantar.
Ver também
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 1/2 (22 de Março de 2015)
A actividade aconteceu nos dias 21 e 22 de março, com o nome de a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last!
Foram planeados dois percursos na Linha do Tua: um para o dia 21, que integrou uma viagem de metro entre Mirandela e Cachão e outra para o dia 22, entre Brunheda e Fiolhal. Entre elas, estava prevista uma noite animada no Centro de Formação de Escuteiros de Carrazeda de Ansiães, onde os participantes pernoitaram.
Fui dos primeiros a chegar a Mirandela, mas aos poucos foi-se juntando um bom grupo de pessoas. A plataforma nacional de Geocaching permitiu os contactos, as "inscrições", a organização do alojamento e os contactos necessários para a organização do evento. À frente de toda organização esteve mais uma vez Jorge Pinto, dinâmico, cheio de ideias, com uma força anímica capaz de arrastar um grande grupo de praticantes de Geocaching a este cantinho do Nordeste e à Linha do Tua.
Foram distribuídos alguns brindes, no compasso de espera, e aproveitámos também para tirar alguns códigos dos objectos, coisas de praticantes de Geocaching...
A primeira etapa seria Mirandela - Brunheda, mas, tal como se veio a verificar, as pessoas pouparam-se para o dia 22 e foram poucos os que arriscaram caminhar alguma coisa.
Saímos de Mirandela em direção ao Cachão na automotora do Metro de Mirandela, num serviço especial. Não deixa de ser curioso a organização ter conseguido um serviço especial, uma vez que quando havia bastantes pessoas a percorrer a Linha do Tua e tentei conseguir um serviço assim para um grande grupo de pessoas e só deparei com dificuldades.
Cerca de 60 pessoas viagem até ao Cachão. A viagem durou pouco tempo, mesmo a velocidade baixa.. Houve uma pausa para um café, no café Cardoso e organizou-se um grupo (pequeno), interessado em fazer mais alguns quilómetros a pé. Estava convencido que o grupo seria maior, mas partimos em direção a Vilarinho das Azenhas, menos de 10 pessoas. A maioria dos caminhantes pertencia ao grupo GeoRibatejo, pessoas animadas, conversadores e bons caminheiros.
Foi triste verificar que já havia centenas de metros de linha sem carris, tinham sido roubados. Fomos encontrando algumas caches pelo caminho e sem pressas chegámos perto do Vilarinho. Para meu espanto tiraram um garrafa de vinho rosé da mochila e "festejamos".
Não havia espaço para o aborrecimento e seguimos viagem para a Ribeirinha e depois para Abreiro, onde chegámos perto das duas da tarde.
A minha vontade era de caminhar até Brunheda, mas ficaria sem transporte, pelo que aproveitei a boleia e regressei a Mirandela com o resto de grupo, na carrinha que os foi buscar.
Havia planos para uma grande festa à noite. O Centro de Formação de Escuteiros em Carrazeda de Ansiães tem óptimas condições para acampar ou acantonar com estruturas mais do que suficientes para as necessidades. Mas, nem tudo corre como o previsto.
O Centro de Formação estava ocupado com o Agrupamento 658, com festejos de alguma importância que obrigava os escuteiros e pernoitarem no acampamento. Para "ajudar" começou a chover com muita intensidade, não permitindo acampar, confeccionar a refeição e proporcionar boas condições para um bom convívio.
Aproveitei para acompanhar os escuteiros na Velada 2015 e optei por ir dormir a casa, uma vez que não estava muito distante.
Não sei como se conseguiu acomodar tanta gente, mas no dia seguinte ninguém faltou à chamada. Bem dormidos, ou mal dormidos, compareceram em Brunheda para a segunda etapa.
Agradeço aos escuteiros na pessoa dos seus chefes que me receberam tão bem que inclusivé me deram de jantar.
a[LINHA]s?!? Também é TUA! Take II & Last! 1/2 (22 de Março de 2015)
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Geocaching - a[LINHA]s?!? Também é TUA!
Já há bastante tempo que não reporto uma caminhada pela Linha do Tua, mas isso não significa que elas não tenham acontecido. Apenas me tornei mais preguiçoso na escrita e deixei-me seduzir pela popularidade e facilidade do Facebook. A Linha é Tua também já está presente nesta plataforma. Faça Gosto na página.
Continua a haver muita gente com vontade de percorrer a Linha do Tua, por isso não admira que no mês de março se tenha juntado um grupo de mais de 80 pessoas para fazerem o percurso entre Brunheda e Fiolhal, conhecendo a linha e procurando as misteriosas "caixinhas" que fazem parte do Geocaching.
Aderi a este passatempo/desporto há relativamente pouco tempo, mas, tratando-se de uma aventura na linha do Tua não podia faltar.
A organização do evento decorreu no Facebook e na plataforma oficial de Geocaching conseguindo juntar pessoas vindas dos mais dispersos pontos do país. Nós, os transmontanos, estávamos em minoria!
A concentração aconteceu em Fiolhal, mas eu desloquei-me directamente para Brunheda. Quando lá cheguei, pouco depois das sete da manhã, já havia pessoas junto à estação, esperando o resto do grupo para dar início à caminhada. Esse início ainda demorou bastante. Os participantes foram transportados de autocarro de Fiolhal a Brunheda. O transporte foi feito com um autocarro do município de Carrazeda de Ansiães, que efectuou duas viagens, obrigando a algum tempo de espera.
Junto à estação de Brunheda há duas caches, que foram feitas nesse intervalo de tempo. Foram-se cumprimentando os amigos, registando os códigos dos Travel Bug e Geocoins. Este desporto tem características muito próprias, uma filosofia muito interessante e algumas práticas com as quais não concordo, mas a verdade é que há cada vez mais praticantes e proporciona momentos e viagens verdadeiramente interessantes.
Só perto das 10:30 o grupo estava preparado para partir. Os representantes da autarquia de Carrazeda agradeceram a visita ao concelho (mas não me fizeram esquecer as suas responsabilidades no encerramento da Linha do Tua), distribuíram alguns panfletos e uma maçã a cada participante.
A caminhada era longa, com um final bastante difícil que é a distância da Linha à aldeia de Fiolhal. Ninguém tinha pressa e diria mesmo que alguns não tinham mesmo nenhuma pressa, porque partiram muito devagar como se não houvesse à volta de 20 km para percorrer.
Não me preocupei em procurar as caixinhas, havia pessoas muito mais entusiastas e experientes do que eu. Por isso segui também ao meu ritmo desfrutando da magnifica paisagem que já conhecia mas que me parece mais bonita de cada vez que a percorro.
Muitos dos participantes no evento estavam lá pelo jogo, mas não deixavam de lamentar a perda que é a submersão da linha e a destruição da paisagem e dos ecossistemas que se desenvolveram durante milénios no vale do Tua.
A pausa para comer o almoço volante aconteceu no apeadeiro do Castanheiro. Ainda pensei que alguém tivesse vontade de conhecer a pequena praia de areia branca, mas não. Retemperadas as forças voltámos à linha para fazer o resto da caminhada.
Desde Brunheda ao Tua há mais de dezena e meia de caches, isto sem contar as colocadas em redor de Fiolhal e do Tua. A crescerem ao ritmo que têm crescido nos últimos tempo corre-se o risco de haver uma cache por cada curva de estrada, o que me parece exagerado, mas cada um pensa à sua maneira.
A caminhada continuou até chegar-mos ao "final" da Linha, exactamente ao quilómetro 3. Neste ponto foi necessário subir até Fiolhal, depois de bastante cansaço e algum calor a chatear.
Nesta zona avistam-se as obras da barragem, de que prefiro nem falar.
Por fim, todos os participantes se concentraram em Fiolhal. Notava-se algum cansaço, mas adoraram o passeio (e sei que alguns já voltaram às caminhas na Linha do Tua depois dessa data).
Entregámos o nosso "bilhete", trocámos alguns códigos necessários para os registos na plataforma do Geocaching e cada um seguiu o seu caminho.
Não satisfeitos com as "cachadas" feitas, um grupo de aventureiros ainda decidiu descer à estação do Tua, fazer alguns quilómetros em direcção a S. Mamede de Ribatua e regressar ao concelho de Carrazeda de Ansiães, fazendo todas as caches até Castanheiro, onde a noite nos surpreendeu.
Ao todo foram quase 30 "caixinhas" as visitadas, com possibilidade de logar ainda mais algumas. Muitos Trackables, vistos ou trocados, dos mais simples aos mais estranhos.
A Linha do Tua é visitada por um número considerável de praticantes de Geocaching, mas poucas vezes deve ter sido percorrida por um grupo tão grande.
Tudo isto só foi possível com o apoio da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e, sobretudo, ao espírito aventureiro do geocacher jorge_53 que conseguiu reunir as pessoas e montar a logística necessária para o evento. A ele o meu muito obrigado.
Continua a haver muita gente com vontade de percorrer a Linha do Tua, por isso não admira que no mês de março se tenha juntado um grupo de mais de 80 pessoas para fazerem o percurso entre Brunheda e Fiolhal, conhecendo a linha e procurando as misteriosas "caixinhas" que fazem parte do Geocaching.
Aderi a este passatempo/desporto há relativamente pouco tempo, mas, tratando-se de uma aventura na linha do Tua não podia faltar.
A organização do evento decorreu no Facebook e na plataforma oficial de Geocaching conseguindo juntar pessoas vindas dos mais dispersos pontos do país. Nós, os transmontanos, estávamos em minoria!
A concentração aconteceu em Fiolhal, mas eu desloquei-me directamente para Brunheda. Quando lá cheguei, pouco depois das sete da manhã, já havia pessoas junto à estação, esperando o resto do grupo para dar início à caminhada. Esse início ainda demorou bastante. Os participantes foram transportados de autocarro de Fiolhal a Brunheda. O transporte foi feito com um autocarro do município de Carrazeda de Ansiães, que efectuou duas viagens, obrigando a algum tempo de espera.
Junto à estação de Brunheda há duas caches, que foram feitas nesse intervalo de tempo. Foram-se cumprimentando os amigos, registando os códigos dos Travel Bug e Geocoins. Este desporto tem características muito próprias, uma filosofia muito interessante e algumas práticas com as quais não concordo, mas a verdade é que há cada vez mais praticantes e proporciona momentos e viagens verdadeiramente interessantes.
Só perto das 10:30 o grupo estava preparado para partir. Os representantes da autarquia de Carrazeda agradeceram a visita ao concelho (mas não me fizeram esquecer as suas responsabilidades no encerramento da Linha do Tua), distribuíram alguns panfletos e uma maçã a cada participante.
A caminhada era longa, com um final bastante difícil que é a distância da Linha à aldeia de Fiolhal. Ninguém tinha pressa e diria mesmo que alguns não tinham mesmo nenhuma pressa, porque partiram muito devagar como se não houvesse à volta de 20 km para percorrer.
Não me preocupei em procurar as caixinhas, havia pessoas muito mais entusiastas e experientes do que eu. Por isso segui também ao meu ritmo desfrutando da magnifica paisagem que já conhecia mas que me parece mais bonita de cada vez que a percorro.
Muitos dos participantes no evento estavam lá pelo jogo, mas não deixavam de lamentar a perda que é a submersão da linha e a destruição da paisagem e dos ecossistemas que se desenvolveram durante milénios no vale do Tua.
A pausa para comer o almoço volante aconteceu no apeadeiro do Castanheiro. Ainda pensei que alguém tivesse vontade de conhecer a pequena praia de areia branca, mas não. Retemperadas as forças voltámos à linha para fazer o resto da caminhada.
Desde Brunheda ao Tua há mais de dezena e meia de caches, isto sem contar as colocadas em redor de Fiolhal e do Tua. A crescerem ao ritmo que têm crescido nos últimos tempo corre-se o risco de haver uma cache por cada curva de estrada, o que me parece exagerado, mas cada um pensa à sua maneira.
A caminhada continuou até chegar-mos ao "final" da Linha, exactamente ao quilómetro 3. Neste ponto foi necessário subir até Fiolhal, depois de bastante cansaço e algum calor a chatear.
Nesta zona avistam-se as obras da barragem, de que prefiro nem falar.
Por fim, todos os participantes se concentraram em Fiolhal. Notava-se algum cansaço, mas adoraram o passeio (e sei que alguns já voltaram às caminhas na Linha do Tua depois dessa data).
Entregámos o nosso "bilhete", trocámos alguns códigos necessários para os registos na plataforma do Geocaching e cada um seguiu o seu caminho.
Não satisfeitos com as "cachadas" feitas, um grupo de aventureiros ainda decidiu descer à estação do Tua, fazer alguns quilómetros em direcção a S. Mamede de Ribatua e regressar ao concelho de Carrazeda de Ansiães, fazendo todas as caches até Castanheiro, onde a noite nos surpreendeu.
Ao todo foram quase 30 "caixinhas" as visitadas, com possibilidade de logar ainda mais algumas. Muitos Trackables, vistos ou trocados, dos mais simples aos mais estranhos.
A Linha do Tua é visitada por um número considerável de praticantes de Geocaching, mas poucas vezes deve ter sido percorrida por um grupo tão grande.
Tudo isto só foi possível com o apoio da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e, sobretudo, ao espírito aventureiro do geocacher jorge_53 que conseguiu reunir as pessoas e montar a logística necessária para o evento. A ele o meu muito obrigado.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
“ADVOGADOS PELO TUA"
Foi iniciada a construção da barragem Foz Tua. Está assim iminente a destruição do Vale do Tua, uma das mais belas, ricas e bem preservadas paisagens de Portugal, parte da herança e identidade nacionais. Não podemos assistir indiferentes à destruição irreversível de um património de inestimável valor social, ecológico e económico. Por isso, decidimos agir através dos meios que a Lei nos faculta. Dez razões objetivas para suspender a construção da barragem Foz Tua:
1. É ilegal. O aproveitamento hídrico do Vale do Tua viola a Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972) que Portugal ratificou através do Decreto nº 49/79, de 6 de Junho.
2. Viola o direito constitucional ao ambiente. A barragem Foz do Tua acarreta restrições intoleráveis do direito de todos ao ambiente, tão fundamental quanto os direitos, liberdades e garantias individuais.
3. Desrespeita o estatuto conferido pela Unesco. Foz Tua constitui uma flagrante violação dos valores que deram origem à classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Unesco.
4. Não cumpre os objetivos. Foz Tua faz parte do Programa Nacional de Barragens, que produziria no seu conjunto 0,5% da energia gasta em Portugal (3% da eletricidade), reduzindo apenas em 0,7% as importações de energia e em 0,7% as emissões de gases com efeito de estufa. Foz Tua contribuiria com uns míseros 0,1% da energia do País.
5. Não é necessária. As metas do Programa já foram ultrapassadas com os reforços de potência em curso: a curto prazo disporemos no total de 7020 MW hidroelétricos instalados (o Programa pretendia alcançar os 7000 MW), dos quais 2510 MW equipados com bombagem (o Programa previa chegar a 2000 MW). Será assim sem nenhuma barragem nova.
6. É cara. As novas barragens, se avançarem, custarão cerca de 15 000 milhões de euros, que os cidadãos vão pagar na fatura elétrica e nos impostos - uma média de 1500 euros por português. Com estas barragens, durante os 75 anos das concessões, as famílias e as empresas pagarão uma eletricidade pelo menos 8% mais cara.
7. Há alternativas melhores. Todos os objetivos de política energética podem ser cumpridos de forma muito mais eficaz e mais barata com opções alternativas, destacando-se três medidas: (i) investimentos em eficiência energética, com custo por kWh 10 (dez) vezes menor que Foz Tua; (ii) reforço de potência das barragens existentes, com custo por kWh 5 (cinco) vezes menor que Foz Tua; (iii) dentro de poucos anos, a energia fotovoltaica será competitiva com a rede.
8. É um atentado cultural. A albufeira de Foz Tua destruirá a centenária linha ferroviária do Tua, um vale com paisagens naturais e humanas de elevado valor patrimonial e turístico, para além de pôr em perigo a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade.
9. É um atentado ambiental. Foz Tua destruirá irreversivelmente solos agrícolas e habitats ribeirinhos raros, porá em risco espécies ameaçadas e protegidas, criará riscos adicionais de erosão no litoral devido à retenção de areias, e provocará inevitavelmente a degradação da qualidade da água.
10. É um atentado económico e social. A barragem põe em causa a qualidade vitivinícola desta secção do Alto Douro, devido ao sério risco de alterações microclimáticas. Desaparece a possibilidade de rentabilizar activos turísticos de alto valor, como os desportos de águas brancas, a ferrovia de montanha e o eco-turismo. Criar um emprego permanente no turismo é 11 (onze) vezes mais barato que criar um emprego na barragem.
Há empreendimentos cuja construção se justifica, em nome do desenvolvimento sustentável do País. Outros, como a barragem de Foz Tua, empobrecem-nos a todos. Não podemos aceitar a destruição de um património ambiental único, sem qualquer ganho para o País e o bem público. É nossa responsabilidade garantir que as gerações futuras terão a oportunidade de desfrutar, como nós, o Vale do Tua.
Os signatários desta Declaração estão unidos numa vontade comum: SALVAR O TUA
Signatários da Declaração
Afonso Henriques Vilhena
Agostinho Pereira de Miranda
Alexandra Vaz
António Furtado dos Santos
Augusto Lopes Cardoso
Carla Amado Gomes
Elizabeth Fernandez
Fernando Fragoso Marques
Hernâni Rodrigues
Jan Dalhuisen
José António Campos de Carvalho
José Manuel Lebre de Freitas
Manuel Almeida Ribeiro
Manuel Magalhães e Silva
Maria da Conceição Botas
Pedro Cardigos
Pedro Raposo
Raul Mota Cerveira
Rita Matias
Vitor Miragaia
1. É ilegal. O aproveitamento hídrico do Vale do Tua viola a Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972) que Portugal ratificou através do Decreto nº 49/79, de 6 de Junho.
2. Viola o direito constitucional ao ambiente. A barragem Foz do Tua acarreta restrições intoleráveis do direito de todos ao ambiente, tão fundamental quanto os direitos, liberdades e garantias individuais.
3. Desrespeita o estatuto conferido pela Unesco. Foz Tua constitui uma flagrante violação dos valores que deram origem à classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Unesco.
4. Não cumpre os objetivos. Foz Tua faz parte do Programa Nacional de Barragens, que produziria no seu conjunto 0,5% da energia gasta em Portugal (3% da eletricidade), reduzindo apenas em 0,7% as importações de energia e em 0,7% as emissões de gases com efeito de estufa. Foz Tua contribuiria com uns míseros 0,1% da energia do País.
5. Não é necessária. As metas do Programa já foram ultrapassadas com os reforços de potência em curso: a curto prazo disporemos no total de 7020 MW hidroelétricos instalados (o Programa pretendia alcançar os 7000 MW), dos quais 2510 MW equipados com bombagem (o Programa previa chegar a 2000 MW). Será assim sem nenhuma barragem nova.
6. É cara. As novas barragens, se avançarem, custarão cerca de 15 000 milhões de euros, que os cidadãos vão pagar na fatura elétrica e nos impostos - uma média de 1500 euros por português. Com estas barragens, durante os 75 anos das concessões, as famílias e as empresas pagarão uma eletricidade pelo menos 8% mais cara.
7. Há alternativas melhores. Todos os objetivos de política energética podem ser cumpridos de forma muito mais eficaz e mais barata com opções alternativas, destacando-se três medidas: (i) investimentos em eficiência energética, com custo por kWh 10 (dez) vezes menor que Foz Tua; (ii) reforço de potência das barragens existentes, com custo por kWh 5 (cinco) vezes menor que Foz Tua; (iii) dentro de poucos anos, a energia fotovoltaica será competitiva com a rede.
8. É um atentado cultural. A albufeira de Foz Tua destruirá a centenária linha ferroviária do Tua, um vale com paisagens naturais e humanas de elevado valor patrimonial e turístico, para além de pôr em perigo a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade.
9. É um atentado ambiental. Foz Tua destruirá irreversivelmente solos agrícolas e habitats ribeirinhos raros, porá em risco espécies ameaçadas e protegidas, criará riscos adicionais de erosão no litoral devido à retenção de areias, e provocará inevitavelmente a degradação da qualidade da água.
10. É um atentado económico e social. A barragem põe em causa a qualidade vitivinícola desta secção do Alto Douro, devido ao sério risco de alterações microclimáticas. Desaparece a possibilidade de rentabilizar activos turísticos de alto valor, como os desportos de águas brancas, a ferrovia de montanha e o eco-turismo. Criar um emprego permanente no turismo é 11 (onze) vezes mais barato que criar um emprego na barragem.
Há empreendimentos cuja construção se justifica, em nome do desenvolvimento sustentável do País. Outros, como a barragem de Foz Tua, empobrecem-nos a todos. Não podemos aceitar a destruição de um património ambiental único, sem qualquer ganho para o País e o bem público. É nossa responsabilidade garantir que as gerações futuras terão a oportunidade de desfrutar, como nós, o Vale do Tua.
Os signatários desta Declaração estão unidos numa vontade comum: SALVAR O TUA
Signatários da Declaração
Afonso Henriques Vilhena
Agostinho Pereira de Miranda
Alexandra Vaz
António Furtado dos Santos
Augusto Lopes Cardoso
Carla Amado Gomes
Elizabeth Fernandez
Fernando Fragoso Marques
Hernâni Rodrigues
Jan Dalhuisen
José António Campos de Carvalho
José Manuel Lebre de Freitas
Manuel Almeida Ribeiro
Manuel Magalhães e Silva
Maria da Conceição Botas
Pedro Cardigos
Pedro Raposo
Raul Mota Cerveira
Rita Matias
Vitor Miragaia
domingo, 20 de outubro de 2013
Mobilidade no vale do Tua só para turismo
Plano põe fim ao serviço público de caminho-de-ferro
Mobilidade no vale do Tua só para turismo
A infraestrutura intermodal do Tua só irá funcionar na sua plenitude entre maio e outubro. Esta novidade foi avançada durante a 3ª conferência internacional “Railroads in Historical Context” que decorreu sexta-feira, em Alijó, e reuniu mais de 40 investigadores internacionais, entidades oficiais, operadores turísticos do Douro e a EDP. Assim, caiu por terra a vontade de várias associações que exigiam o regresso do serviço público ao troço desativado.
Foi pela boca de Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação EDP, que se fez “luz” sobre o que poderá ser o megaprojeto de mobilidade intermodal de Foz Tua, que pretende constituir uma oferta turística de excelência assente em três meios de mobilidade: o funicular, o barco e o comboio.
Durante este encontro internacional, foram apresentados e debatidos estudos sobre a história do Vale do Tua e da Linha do Tua, bem como... (*)
Leia a notícia completa
na edição em PDF
(*) Apenas utilizadores registados
Fonte: A Voz de Trás-dos-Montes
Regiões | Alijó | 17-10-2013 | Edição Nº 3301
Mobilidade no vale do Tua só para turismo
A infraestrutura intermodal do Tua só irá funcionar na sua plenitude entre maio e outubro. Esta novidade foi avançada durante a 3ª conferência internacional “Railroads in Historical Context” que decorreu sexta-feira, em Alijó, e reuniu mais de 40 investigadores internacionais, entidades oficiais, operadores turísticos do Douro e a EDP. Assim, caiu por terra a vontade de várias associações que exigiam o regresso do serviço público ao troço desativado.
Foi pela boca de Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação EDP, que se fez “luz” sobre o que poderá ser o megaprojeto de mobilidade intermodal de Foz Tua, que pretende constituir uma oferta turística de excelência assente em três meios de mobilidade: o funicular, o barco e o comboio.
Durante este encontro internacional, foram apresentados e debatidos estudos sobre a história do Vale do Tua e da Linha do Tua, bem como... (*)
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(*) Apenas utilizadores registados
Fonte: A Voz de Trás-dos-Montes
Regiões | Alijó | 17-10-2013 | Edição Nº 3301
domingo, 29 de setembro de 2013
Linha do Tua, 31.º Quilómetro
Linha do Tua entre a estação de Abreiro e o apeadeiro da Ribeirinha. Do lado direito é termo do concelho de Vila Flor e do lado esquerdo fica o rio e o concelho de Mirandela.
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