quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A estratégia do muro pintado ou a lápide do Tua vai ser linda

De repente, os cérebros iluminados dos responsáveis pelo crime do Vale do Tua, engendraram uma estratégia para desviar a atenção dos cidadãos da delapidação patrimonial inconcebível que se chama: “o alagamento do Vale do Tua”: concentrar as atenções no paredão com cerca de 100 metros de altura, que é o corpo visível mais relevante da barragem.
Então, e segundo eles, é assim:
O que vai afetar a paisagem é o tal paredão, pelo que há que resolver o assunto de forma integrá-lo na dita paisagem. Porque o problema é o paredão, esmagador e pesado.
E nesta estratégia, o primeiro a alinhar foi o Secretário de Estado Francisco José Viegas que, publicamente, até disse que o melhor talvez fosse pintar o muro de verde.
O assunto deu que falar e toda a gente comentou a genial solução do responsável cultural do país. Logo de seguida a EDP não o faz por menos, e anuncia a contratação do laureado arquiteto Souto Moura, para fazer o projeto de integração paisagística do muro. O assunto volta outra vez a ser falado e vivamente discutido. E, para não se perder o balanço, a EDP anuncia que a obra de Souto Moura vai ser um ex-libris do Douro.
E toda a gente discute o muro. Segundo eles, o muro é que é o problema. Mas vai ser resolvido.
Mas só é enganado quem quer. É que problema não é o muro da barragem. O muro é o menos. Fosse o muro o nosso problema! 

Continuar a ler aqui

Texto da autoria de Francisco Gouveia, Eng.º, publicado em Notícias do Douro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não são precisas mais barragens.As cidades ,vilas e aldeias vão poupar 50% de eletrecidade,nas vias públicas,e repartições.A eletrecidade já é sufeciente para o consumo de Portugal.Não afoguem a RAINHA DAS LINHAS DE PORTUGAL,por dez réis de eletrecidade.Mauricio Arrais.Abrantes.